quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

OS MACHUCADOS


Maria crescendo, se descobrindo e numa ânsia enorme de descobrir o mundo, porém sem perceber os perigos que a rodeiam.

Tenho a sorte de ter em casa uma criança hiperativa, mas muito obediente, sendo assim quando digo não e explico o porquê, ela obedece e não tenta fazer ou repetir. Porém, não tente dizer simplesmente um não para essa baixinha que não a convence, tem que ser tudo muito explicado, minha pequena esponja está em uma fase que aspira conhecimento, sejam eles bons ou ruins.

No entanto, nas ultimas semanas essa energia alheada às descobertas tem provocado algumas lesões nessa mocinha, tenho tentado me convencer que cada marca é uma história na vida do meu bebê e uma realização as suas descobertas, mas não adianta, meu coração sofre... Fica apertadinho... Choro mais que ela... enfim é um desespero!

A primeira lesão ocorreu em decorrência da fase do desfralde que iniciamos no mês de novembro, querendo chegar muito rápido ao banheiro para usar o pinico, minha pequena achou uma parede no caminho e a atropelou com a cabeça. Resultado: um hematoma a baixo do olho direito.

A segunda lesão foi da mesma forma, porém saindo do banheiro depois ter usado o pinico, só que dessa vez a parede da vez foi a do quarto. Resultado: galo no supercilio esquerdo.

Após o desespero da segunda lesão e muito gelo, a mamãe aqui foi explicar para a Maria que as paredes não se movem e por isso quando ela passar correndo por uma, é ela quem tem que desviar e não esperar que a parede saia da frente. Acho que ela entendeu, pois já se passou uma semana sem que nenhuma parede fosse atropelada.

Na ultima segunda o acidente aconteceu na escola, em uma brincadeira com uma colega voltou para casa com um arranhão acima da boca. Fico triste, claro, mas entendo que é normal, coisas de criança.

Já na terça a Maria levou uma mordida memorável, ficou uma marca enorme e horrível no braço! Sei que essa é tal fase oral dos pequenos, que assim como ela foi mordida, daqui a pouco pode ser ela a morder. Tento ensinar que não pode morder que isso não é brincadeira e nunca incentivei brincadeiras em casa como as famosas mordinhas na barriga que nos adultos simulamos, pois acredito que ela pode tentar reproduzir nos colegas acreditando que se trata de um carinho e não perceber que na verdade está machucando.

Acontece que para nós mães ver o filho com uma marca dessas e imaginar a dor que sentiu é de cortar o coração! Não deixei ela perceber a minha tristeza, mas depois que a coloquei no berço chorei me sentindo culpada por não poder estar com ela o tempo todo e poder proteger ela de tudo. Culpando-me assim pela necessidade de trabalhar para poder dar o necessário para ela e não poder me dedicar de forma integral a minha pequena.

Já na quarta foi o desespero final e também uma resposta ao meu sofrimento do dia anterior. Fui deixar a Maria na escola, só que agora ela não quer mais subir pela rampa de acesso, afinal é uma mocinha. Então, como tem sido nos últimos tempos, foi escalar as escadas, só que já no primeiro degrau se desequilibrou, eu ao tentar segurá-la para evitar uma queda errei a mão e arranhei ela acima do olho. Só que não foi um simples arranhão... Foi algo monstruoso!! Cortou a testa da criança, ficou uma marca horrível!! Porém a Maria chorou pouco e logo esqueceu, lembrando apenas se questionada e a resposta é sempre a mesma “aiaia mamãe fez nenê”, ou seja, mamãe fez dodói no nenê.

Resultado: Maria com uma marca muito feia na testa e mamãe chorando estrada a fora. Mesmo hoje ainda me sento a pior mãe do mundo por ter feito isso no meu bebê. Lição: mãe não tem que ter a unha curta, tem que ter a unha muito curta!

Registro do estrago que fiz na minha princesa:

 

 

Minha bonequinha desculpa a mamãe!!!

 

Bjos Gisa

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Mamãe tá namorando...


Em algum post anterior comentei que a mamãe aqui estava com novidades no coraçãozinho, pois então vamos aos últimos acontecimentos...

Quando o meu relacionamento acabou, depois que passou a fase da revolta e da negação, entrei em uma fase de conflitos internos e pré-conceitos.

Lembro que uma das primeiras ideias tortas que coloquei na cabeça era: não sou solteira, sou mãe! Com o tempo, percebi que eu era uma mãe-solteira e isso tornou os meus conflitos internos ainda mais intensos.

Foi nessa fase que várias dúvidas começaram a surgir, abaixo seguem algumas delas:

- será que agora é a hora de meter a cara e aproveitar tudo que não pude aproveitar por ter começado a namorar com 14 anos?

- a única forma de ser solteira e feliz é curtindo balada?

- vou ficar solteira para sempre?

- se eu for para uma balada, vou conseguir não ficar com peso na consciência por não estar em casa com a minha filha?

- e se eu conhecer alguém? Como vai reagir ao fato de eu ter uma filha bebê?

- será que tenho o direito de namorar agora ou só depois que a minha filha estiver criada?

- e se eu namorar, a minha família vai entender e apoiar? Ou vão me criticar?

- mas qual homem vai entender que a minha prioridade é a minha filha e não ele?

- algum homem em sã consciência toparia namorar na pracinha em meio a fraldas, mamadeiras e brinquedos?

- que família aceitaria que o filho/irmão/primo, etc namorasse uma mulher com filho?

Essas são apenas algumas das milhares de perguntas e dúvidas que me enlouqueciam nesse período, até que em um dia de surto total eu resolvi que teria que arriscar e testar, pois só assim eu saberia o que é bom ou não para mim, e talvez começasse a responder algumas das dúvidas.

A primeira vez que sai a noite e a Maria ficou na casa do pai (relatei aqui no blog, inclusive), a noite foi ótima! Os amigos fizeram de tudo para me animarem, bebi achando que podia esquecer tudo... cheguei em casa com dor de cabeça, chorando de saudade da Maria e acordei de ressaca... risos....

Algumas outras vezes saí e em muitas me diverti, mas em outras me senti deslocada do mundo e aquela maldita ideia vivia me assombrando: não sou solteira, sou mãe!

Conheci pessoas, me diverti, fiz amigos! Mas ainda não tinha me encontrado, a única coisa que eu pensava é que devia ficar em casa cuidando da minha filha ou esperando ela chegar. Sair com alguém do sexo oposto me dava medo e na primeira vez que isso aconteceu eu só pensava: eu não posso ficar interessada, eu sou mãe!! Ninguém vai querer um pacote compre um e leve dois!!

Com  tanto pré-conceito contra a minha própria pessoa, não preciso nem dizer que a muralha era praticamente intransponível... até que um dia...

Até que um dia surgiu uma pessoa que trouxe muita luz para a minha vida!!

Sempre fomos sinceros desde o inicio e deixamos claro os nossos medos com essa relação diferente para ambos, talvez este tenha sido o ponto certo.

Hoje só tenho que agradecer por estar namorando alguém que conquistou o meu coração e o coração da minha filha. Assim como agradecer por termos sido tão bem acolhidas por toda a família dele, parece que sempre fizemos parte desta família.

Tenho que confessar que ainda hoje, me sinto insegura com o fato de não ser apenas solteira e sim uma mãe solteira, talvez este medo sempre exista devido ao que vivi no passado, mas sinto que os sentimentos envolvidos são muito diferentes agora. Talvez eu seja boba em dizer isso, afinal não estamos juntos há tanto tempo, mas o nosso relacionamento é mais maduro.

Como ficou a Maria no meio de tudo isso????

Ela continua a mesma criança feliz e alegre de sempre, com mais bajulações agora, já que a família do Roger (o namorado) a adotou como neta, sobrinha, prima, bisneta...

Está muito acostumada com a rotina, casa da mãe, casa do pai, casa da vó, casa do Roger e tem surpreendido a todos com a maturidade que encarou as mudanças.

Como ficou a mamãe?

Além de boba, apaixonada e amando... muitos risos....

Aprendeu a deixar de lado alguns pré-conceitos e voltou a ser a Gisa, não mais a mulher de alguém ou a mãe da Maria, mas a Gisa!! Aquela que faz o que gosta, por que quer e quando quer, aquela que reencontrou a sua identidade, mesmo estando ao lado de alguém/namorando.

Hoje sou apenas a Gisa! Que é também a mãe da Maria, a namorada do Roger, a filha, a amiga, a estudante, a profissional, a dona de casa e várias outras coisas, mas acima de tudo sou eu e estou muito feliz assim!!

E assim atualizei mais um pouquinho o blog e fico contente, pois sei que de alguma forma os meus relatos ajudam algumas pessoas, já que várias mulheres passaram ou passam, pelos conflitos que relatei.

Tenham uma boa noite!!

Bjos, Gisa

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

E um ano se passou...


Sim! Parece que foi ontem que o meu relacionamento com o Marcilio acabou, mas lá se foram 12 meses.

Nestes 12 meses eu sofri, chorei, achei que ia morrer, cresci, amadureci... Ri muito, comi muito, emagreci muito... Passei a valorizar outras coisas na vida, aprendi a ver as pessoas com menos ingenuidade, me reencontrei na minha individualidade... Dancei, cantei, gritei... Vivi!!!

Nos primeiros meses vivi um momento de choque, de negação total sobre o que estava acontecendo na minha vida. Eu era feliz, eu o amava profundamente e eu estava no melhor momento da minha vida!!

Algum tempo passou e comecei a ter clareza sobre os acontecimentos, pude perceber que nem tudo era como eu imaginava, principalmente que quem estava ao meu lado não estava feliz e não me via mais como mulher. Ainda estava em estado de choque, mas comecei a enxergar a situação.

Aproximadamente meio ano depois percebi que o nosso relacionamento como homem e mulher tinha realmente tudo para dar errado há algum tempo, há alguns anos talvez...

Sim estranho eu dizer isso, né?! Mas percebi que somos melhores amigos, companheiros, parceiros, brothers... Mas a muito não somos mais apaixonados ou nos amamos como casal. Não temos nada em comum. Temos gostos diferentes em tudo. Sonhamos diferente. Por exemplo: nunca sonhamos ou imaginamos envelhecer juntos... Estranho, não?!

Com essa conclusão feita na minha cabeça foi possível aceitar, entender e até concordar com a separação. Assim pude me refazer e seguir a minha vida feliz ao lado da minha princesinha.

Hoje, somos muito amigos e acredito que sempre seremos. Torcemos pela felicidade e sucesso um do outro, mas em comum mesmo temos apenas o amor pela Maria Clara e o desejo de que ela seja a criança mais feliz do mundo!!! E tenho certeza de que para o bem dela a decisão tomada há um ano foi a mais acertada.

Obs: para o próximo post novidades sobre o coraçãozinho dessa mãe já nem mais tão solteira.... Recomeçar é preciso e é muito bom!

Bjos, Gisa

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O desfralde - parte 1


Parece que lá em casa começamos a fase do desfralde e confesso que muito antes do que eu esperava. Minha programação inicial (inicial mesmo, pois pensei quando estava grávida ainda) era desfraldar no verão de 2014, nas férias da mamãe, mas os planos mudaram...

Não me recordo se contei aqui a minha saga com as fraldas descartáveis?! Mas acontece que quando começou a esquentar no ano passado a Maria Clara passou a ter uma alergia horrível as principais fraldas disponíveis no mercado, provavelmente por as fraldas não permitirem uma fácil transpiração. Depois de muito testar fraldas, descobri a fralda Personal Baby que possui um sistema que proporciona uma melhor transpiração e diminuiu consideravelmente a alergia, sem falar que perdi tanto tempo testando fraldas que o outono também já se aproximava.

Há aproximadamente dois meses atrás tivemos alguns dias de muito calor aqui no Sul e com isso a tal alergia voltou a dar as caras, de forma reduzida, mas em uma mocinha muito mais esperta e que rapidinho aprendeu a tirar as calças e fralda. Quando eu menos esperava tinha um bumbum passeando pela casa... risos...

Após alguns episódios dessa rebeldia da dona Maria Clara resolvi lhe apresentar o pinico, que fez sucesso por pouco tempo, pois a moça queria usar o vaso igual a mamãe. Sendo assim apresentei o redutor de vaso para ela e aí sim foi o maior sucesso!!

Ainda não programei o desfralde, pois quero fazer isso com calma e tempo, mas todos os dias antes do banho a minha pequena faz xixi no vaso como mocinha que ela é. Algumas vezes, tanto em casa quanto na rua, me pediu para fazer xixi e ao leva-la no banheiro ela fez direitinho o xixi.

Percebi que com essa novidade de fazer xixi no vaso algumas vezes, ela não tem mais paciência em ficar com a fralda suja e se eu demorar um pouquinho para trocar ela volta à cultura do nudismo, tentando tirar a fralda.

Sendo assim e só esquentar mais um pouquinho que vamos fazer a estreia das calcinhas que a dinda Camila deu com os seus personagens favoritos.

Tomara que isso seja um sinal de que o desfralde da Maria vai ser rápido e traquilo, pois sempre tive medo de como seria esse momento para nós duas e se eu teria amadurecimento para saber a hora certa e assim não traumatiza-la.

Boa sorte para nós mamães nesse processo doido do desfralde!!!

 

Bjos, Gisa

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Momento melancolia...


Hoje acordei com um nó no peito, uma angustia no coração... No decorrer do dia uma saudade inesperada foi aumentando e sem perceber me peguei com lágrimas nos olhos... Pensei e pensei... O que está acontecendo comigo?

 

Até que a "ficha" começou a cair... Sim, estamos em outubro... o mês que desde 2011 só me trouxe notícias tristes, o mês que mais derramei lágrimas por minuto...

 

A saudade... Bem a saudade tem nome ou melhor nomes: Anilse e João

 

Sim, duas pessoas incríveis que ao seu modo deixaram as suas marcas na minha vida e que por uma brincadeira sem graça nos deixaram em 2011 com apenas uma semana de diferença um do outro. Injusto  essas duas pessoas tão especiais para mim não terem conhecido a luz que ilumina a minha vida, a Maria Clara!!

 

A última vez que os vi com vida foi nos chás de fraldas da Maria. O tio João no chá da Unisinos, quando ele levou as tortas para a festinha... o nosso último abraço em frente a biblioteca. A tia Anilse no Samba de Fraldas, o nosso último abraço e foto, foi quando ela me entregou o travesseiro da Mônica para a Maria, que guardo com muito carinho, nem pude me despedir direito...

 

Eles iriam amar demais a minha bonequinha!! A tia Anilse com certeza faria todas as vontades dela, como uma boa vó. Já o tio João ensinaria todas as traquinagens possíveis e inimagináveis, e juntos me deixaria com os cabelos em pé. E acima de tudo amariam e dariam todo o carinho que também deram para mim.

 

Pessoas de riso fácil que alegravam os nossos dias, pessoas companheiras que sempre estavam prontos para ajudar sem pedir nada em troca, duas pessoas abençoadas... talvez por isso Deus os tenha levado... mas infelizmente não nos ensinou a viver sem eles.

 

Tia Anilse, onde você estiver quero que saiba que você foi uma mãe para mim, pois junto com a minha mãe Márcia, me ensinou a ser quem sou. Te amarei pela eternidade!

 

Tio João, você também sempre será aquele tio queridão, que levarei eternamente em meu coração com muito carinho e com o seu jeito brincalhão deve estar neste momento lembrando daquele meu famoso mico em frente ao vídeo-cassete... kkkkkkk

 

#melancolica #saudadeeterna #tristinha

sábado, 22 de junho de 2013

Os avanços da Maria Clara - 1 ano e 6 meses


Maria Clara, fez 1 ano e 6 meses semana passada e resolvi compartilhar com vocês alguns dos incríveis avanços que temos todos os dias.

- as primeiras palavras: uco (suco), teti (mamadeira), coco (quando a fralda está suja), babu (acabou), cadê, alô, vovó (essas não precisam de tradução), tetê (vovô), auau (cachorro), aiaiaí (dodoí), papa (comida), cocó (os brinquedos da galinha pintadinha ou para assistir o dvd), nenê (bonecas), denti (para escovar os dentes), ati (é a resposta predileta quando pergunto o que ela está fazendo... arte), tau (tchau), papato (sapato), biga (obrigada) e todos os dias surgem novas palavrinhas.

- as primeiras frases:

* mamãe quero este.

* este mamãe.

- as mímicas: dedo no nariz é pedido para colocar sorine... kkkk... E deixa eu colocar bem querida.

- as artes:

* escalar os móveis

* desenhar na geladeira

* colocar a chave na fechadura da porta

- Outras evoluções:

* a Maria já come tudo com a própria mãozinha, e está tentando aprender a comer de colher.

* ela já sabe o caminho de casa, quando entramos no portão do edifício ela vai direitinho até a porta do apartamento.

* sobe degraus e pequenas escadas.

* obedece a pequenos comandos, como: não pode mexer aí / busca o brinquedo / cadê o paninho de limpar o nariz / entre outros.

* rasga um pedaço pequeno de papel higiênico, limpa o nariz e joga na lixeira, sem precisar de comando.

* é preocupada em não ficar de pés descalços e busca sapatos para todos.

* não deixa o Tetê Fernando ficar com o óculos de grau pendurado, tem que estar no rosto, afinal é para usar, né?! Kkk

* passa o batom da vovó Márcia com direito a biquinho.

* ontem pintou as unhas pela primeira vez... kkk

- coisas fofas:

* acorda a mamãe todos os dias com beijinhos babados.

* finge que vai dar beijo na ponta do nariz da mamãe e dá uma lambida.

* dá upa (abraço) quando chega da escolinha.

* assiste à novela, enrolada no edredom, com a mamãe e bem quietinha.

* divide tudo o que come ou bebe com as pessoas ao seu redor, às vezes meio comido, mas divide de bom coração e sem precisar pedir.

* faz carinho no rosto.

* brinca de mamãe e bebê, e pede para eu enrolar o bebê na cobertinha para ele não passar frio.

* adora brincar de ventinho (secador de cabelo) e fumacinha (nebulizador).

* assim como a mamãe, adora dançar e curte um pagodinho... kkk

* ela pega o telefone e conversa como gente grande, com direito a alô, tá, tchau e beijo (este no visor do meu celular, que está uma meleca... kkk).

E tantas outras coisas que nem lembro mais, mas a evolução é tão grande!! Eu não tenho mais um bebê e sim uma mocinha em casa, sapeca, alegre e arteira. Curto demais cada novidade da minha bonequinha!!

 Ah... segue foto de uma das nossas artes:
 

Bjss de uma mãe muito babona, Gisa.

 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

É junho: tempo de comemorar a vida!!


Este é o mês do meu aniversário, mês dos meus dois aniversários!!!

Sim, isso mesmo, no dia 10 eu comemoro os meus 28 anos de vida e 5 anos de renascimento.

Hoje paro, olho para trás e sinto até certa melancolia ao relembrar tudo o que já vivi e as experiências que adquiri.

A 5 anos atrás, no dia 11 de março, começava um dia normal como todos os outros da minha vida: trabalho, faculdade, casa e a novidade da época era marido... kkk... Sim, o Marcilio e eu estávamos morando juntos há 20 dias.

Por volta das 10 horas da manhã a minha vida começou a mudar, a dor de cabeça presente na minha vida há tantos anos, passou a ser insuportável e enlouquecedora. E foi assim que eu conheci o Hospital Regina, que naquele ano tornou-se a minha segunda casa.

É incrível como os profissionais da saúde menosprezam uma dor de cabeça, mas anjos existem e foi neste momento que eles começaram a fazer parte da minha vida.

O Dr. Felipe Cecchini, neurocirurgião, ficou com uma “pulga atrás da orelha” ao me conhecer e não se contentou em simplesmente me medicar e mandar embora. Reservou imediatamente uma sala e fez a primeira de muitas pulsões lombares daquele ano. Resultado: hipertensão craniana (pressão alta no crânio), ou seja, algo realmente estava errado e eu deveria ficar “baixada” para investigar melhor.

A partir daí exames de sangue, tomografias, ressonâncias e exames oftalmológicos passaram a ser rotina na minha vida. Assim como medicações de todos os tipos, vários acessos perdidos (veias) e muita comida sem sal (eca!).

Os primeiros resultados dos exames eram confusos e assustadores, os médicos não esclareciam direito, várias vezes a palavra tumor era adotada, em outras a palavra cirurgia cerebral. O Dr. Google nessas horas também não ajudou muito, sim a explicação era detalhada e perfeita, mas deixava a mim e a minha família mais assustados, e agora quem não estava nada bem era o meu psicológico.

Neste momento um segundo anjo apareceu na minha vida, o Dr. Eduardo Camargo, endocrinologista, finalmente ele explicou o que eu tinha e como isso podia afetar a minha vida. Diagnóstico: Adenoma na Hipófise ou um tumor benigno na hipófise. Hipófise = glândula localizada no interior do cérebro responsável por comandar a produção de hormônios do corpo humano.

Falando em hormônios, vocês fazem ideia de quantos hormônios o nosso corpo produz? Eu não sabia, mas até os nossos ossos tem hormônios, são mais de 50 tipos de hormônios diferentes distribuídos em todas as partes do nosso corpo. E quem comanda tudo isso? A tal da hipófise.

Bem, foi aí que o Dr. Eduardo explicou que a minha hipófise tinha uma massa benigna que media em torno de 3cm e que devido ao inchaço da glândula essa havia sangrado provocando assim o aumento da pressão do crânio e a imensa dor de cabeça que eu sentia. Os riscos eram: repor pelo resto da vida todos os hormônios, pois a glândula poderia parar de trabalhar a qualquer momento, a cirurgia até então necessária devido ao sangramento, a perda de visão devido ao aumento da pressão craniana e os sintomas causados pelo descontrole hormonal (pele seca, perda de cabelo, ganho de peso, sonolência, náusea, etc, etc).

Ufa!! Alguém explicou alguma coisa!!! Sim, era grave, mas as perspectivas eram as melhores e os riscos eram menores do que imaginávamos. De qualquer forma o ano de 2008 passou com muito tratamento, muita morfina, muita dor, muitas internações, mas também muita cumplicidade, amor, carinho e fé.

Lembro como se fosse hoje o Dr. Felipe ligando para me desejar Feliz Aniversário e me dizer que eu não precisava mais da cirurgia. Muitos sentimentos se misturaram naquela hora... Era o dia do meu aniversário, eu estava internada a mais de 30 dias, minha cirurgia marcada para dali a algumas horas, a dor ainda era forte, ainda neste dia precisei de injeção de morfina... mas o sangramento tinha cessado e o inchaço da glândula desaparecido... O tratamento estava fazendo efeito. Viva!!!

E assim os anos se passaram, o tratamento cessou, a reposição de hormônios não foi mais necessária, não perdi a visão, enxergo direitinho (apesar de ter rompido as fibras do nervo ótico do olho direito) e o meu maior medo que era o de não poder engravidar por causa dos hormônios descontrolados, como vocês podem ver foi só medo... kkk

Então por isso que este mês eu comemoro a vida, a vida que a minha mãe me deu e depois a vida que eu reconquistei!

Tenho muito que agradecer as pessoas que estiveram do meu lado naquela época e que estão ao meu lado até hoje, obrigado família e amigos queridos por todo apoio, amor e carinho que vocês sempre me deram. Amo vocês!!


* Impossível esquecer as noites que a minha mãe e o Marcilio passaram deitados naquela poltrona desconfortável. O dia das mães que a mãe passou no hospital para ficar ao meu lado, ou ao romântico dia dos namorados comemorado também no leito do hospital com um xis coração sem sal... kkk

* Ou esquecer o jornal que todas as manhãs o meu pai levava para eu ler, sem falar no book fotográfico que ele produziu no hospital.

* Ou ainda, as ligações diárias da minha irmã só para saber como eu tinha passado a manhã, a tarde, a noite... kkk

* Impossível esquecer a minha querida tia Anilse, que hoje é um anjo que ilumina a minha vida de algum lugar, roncando na poltrona ao meu lado... kkk

* Ou ainda, os risoles e as panquecas com zero sal que a tia Loiva fazia para que eu comesse algo diferente da comida do hospital.

* Minha querida amiga Mara que ainda não sabia, mas que não passamos a noite sozinha no hospital, o Henrique já nos acompanhava.

* Os amigos da Amizade Verdadeira que se fizeram presentes em visitas e também no dia do D, pois eu falava com o Dr. Felipe ao telefone quando chegou um presente da turma com um cartão gigante que ainda guardo com muito carinho.

* E ainda, os amigos e colegas da Embratec que se fizeram presentes também com visitas, mensagens e presentes. Além de nos apoiarem neste momento difícil e me receberem depois de um ano, como se eu nunca tivesse me ausentado.
* E por fim, mas não menos importante, como esquecer toda a equipe de enfermagem e de serviços gerais (copeiras, cozinheiras, faxineiras) do Hospital Regina que me acolheram e acolheram a minha família, fazendo com que os meus dias dentro do hospital fossem mais leves e alegres, apesar da situação.

E foi assim que a minha vida recomeçou, assim que aprendi a me reinventar todos os dias, por isso que sim sofri e às vezes ainda sofro por causa das rasteiras da vida, como a minha separação, mas nada mais me abala. Todo dia é dia de recomeçar, é dia de buscar novos sonhos, é dia de ser feliz, é dia de viver!!

Até pq devo isso as pessoas que me amam e principalmente ao presente que Deus me deu. A minha fofolete que amo tanto e que é a razão da minha vida!

A razão da minha vida:
 

E uma pequena homenagem aos amigos que fiz e aos momentos que vivi, fotos do meu aniversário de 23 anos:
 
 
 
 

Desejo à todos um ótimo mês de junho!!

Bjs, Gisa.
 

terça-feira, 19 de março de 2013

Dia de visita

E após cinco meses de separação, foram definidas as visitas do pai à Maria Clara, que momento difícil este... é mais um elo que se parte da ligação família que um dia existiu.

A decisão de formalizar as visitas foi feita em conjunto, a fim de ficar mais claro para todos nós a separação e para reconstruirmos as nossas vidas. Tarefa essa nada fácil de depois de 13 anos, mas necessária para que lá na frente as três partes envolvidas possam estabelecer a felicidade.

Combinamos então que duas noites por semana a Maria dormiria com o papai e uma terceira ele iria pegar ela na escolinha e brincar com ela até ela dormir. Ok, acertos feitos! Mas e agora a prática?!?!?!?!

Na teoria tudo parece tão fácil e prático, afinal a Maricota vai só até ali no pai e já volta, mas explica isso para o meu coração de mãe....

Sábado que passou foi a primeira noite que a Maria foi para a casa do papai, da vovó e do vovô. Segundo o pai e a carinha dela, ela aproveitou muito! Se comportou como uma mocinha, se alimentou bem e se divertiu bastante.

Já a mãe aqui... bem graças à Deus, os amigos de verdade reaparecem quando mais precisamos, e foi isso que aconteceu. Sai com alguns amigos e a noite foi bem divertida, mas quando cheguei em casa e vi aquele berço vazio... Nossa! Uma tristeza imensa tomou conta de mim, procurei dormir muito, mas o sono era agitado, acordei milhões de vezes, não tinha animo para nada... um pedaço de mim estava faltando e isso foi muito dolorido... mas às 16h chegou e minha princesa chegou!! E finalmente aquele vegetal que estava em casa voltou a vida!!

Essa semana isso deve ocorrer novamente, o dia seria hoje, mas como a minha bonequinha dorme muito cedo e o papai deve chegar um pouco mais tarde, acho que vai ficar para quinta... e o meu coração já começou a ficar apertadinho de novo...
 
E sim, mais um passo neste novo caminho foi dado!
 
Bjsss para os meus queridos leitores, Gisa.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pequeno desabafo, mas grandes avanços!!

Por que eu não aprendo com os erros que cometo e dou novamente a cara a tapa para as pessoas me ferirem?!?!?!


Será que é um dom natural de procurar sofrimento... Deve ser, só pode!


Mas como não quero ficar me martirizando em cima dos problemas, afinal eles não vão mudar simplesmente por eu estar remoendo eles, também não vão pagar as minhas contas e muito menos me fazer companhia e me dar carinho. Sendo assim, vamos as coisas boas que a vida oferece, e são muitas!!


Hoje pela manhã ganhei um mega presente da minha bonequinha linda!! A tempos tentamos ensinar para ela bater no peito quando perguntarmos quem é o amor da mamãe, do papai, da vovó, etc, etc... Mas nada de a Maricota imitar o que estávamos fazendo... mas isso mudou hoje!!


Maria acorda sempre alegre e de bom humor, estava terminando de me arrumar quando ela me chamou no quarto, avisando assim que estava acordada. Cheguei já fazendo a costumeira bagunça matinal, dando aquele bom dia gostoso, pegando ela no colo e enchendo de beijos e mordidas no pescoço, as gargalhadas deitei ela na cama para trocar a fralda e a roupa, e no meio a bagunça resolvi perguntar: quem é o amor da mamãe??


Ela ficou séria por um segundo, bateu no peito e voltou a sorrir!!


Repetimos a brincadeira mais algumas vezes e todas a retribuição foi da mesma forma, tem coisa melhor do que isso para começar o dia?!?!?!?!


Claro que não!!!


Te amo muito, minha bonequinha linda!!!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Adaptação da Maria Clara na Escolinha Cia dos Anjos (1ª semana)

 
Chegou o grande dia da minha bonequinha, tumultuado, mas chegou. Iniciamos oficialmente no dia 22 de janeiro, última terça-feira, a adaptação da Maria Clara na Escolinha, vou relatar aqui como foram os nossos primeiros dias:
 
22/01 (terça-feira) - pela manhã a Maria ficou com o papai e almoçou em um restaurante com ele, ao meio dia eles me buscaram na Unisinos e nós duas fomos para casa.
 
Quando chegamos em casa fiz ela dormir, ela dormiu até umas 14h15min, arrumei ela e fomos rumo a escolinha.
 
No longo caminho, meia quadra, fui conversando com ela sobre as novidades que esperavam por ela e em como seria divertido ir para escola e ter novos amiguinhos.
 
Chegando na escolinha, entramos na sala e ela ficou um pouco assustada com a quantidade de crianças, mas muito curiosa também. Como tivemos que fazer uma adaptação as pressas pegamos a adaptação e transição da turminha do berçário I para o berçário II, e por isso a salinha estava lotada.
 
Sentei no chão com os outros coleguinhas e as professoras (são três), e a Maria ficou no meu colo analisando o ambiente, porém em poucos minutos se interessou por um brinquedo que estava no meio da sala e já saiu gatinhando até o brinquedo. Aos poucos foi se interagindo com os coleguinhas e com as professoras, e eu aproveitei para sair da sala e aguardar na recepção.
 
Confesso que esperei ansiosamente pelo choro desesperado da minha filha, mas isso não aconteceu... hehe... ela brincou, lanchou, foi para o pátio e só depois de umas duas horas e meia ela lembrou de mim e começou a chorar. De qualquer forma a prof Rê me entregou ela na recepção e ela apontou querendo voltar para a salinha, voltei com ela e ficamos mais meia hora brincando.
 
Conclusão: percebi que ela observou muito o ambiente e as pessoas que a cercavam, mas interagiu muito bem. Quanto a mim, senti falta do choro dela, sei que é egoísmo meu, mas sinceramente não esperava que ela ficasse tão bem, ela foi tão mocinha nem parecia o bebê.
 
23/01 (quarta-feira) - Como o primeiro dia foi bom, conversei com as professoras e resolvi levar ela antes do soninho depois do almoço, para que assim ela dormisse com os coleguinhas. Pela manhã ela ficou com o papai, e a tarde fui trabalhar normal e busquei ela às 18h.
 
Porém o tiro saiu pela culatra, a Maria não dormiu com os coleguinhas, chorou bastante por que estava com sono, conseguiu dormir menos de 20 minutos no meio da tarde, comeu os lanchinhos, mas não quis tomar mamadeira. Neste dia ela fez amizade com a tia Jéssica, que atua na secretaria e dá uma super mão para as professoras, a tia Jéssica passeou com ela pela escolinha, mostrou as tartarugas e manteve ela mais calma até a hora de eu chegar.
 
Neste dia a turminha ainda estava lotada, talvez por isso ela ficou mais temerosa, mas o que eu podia fazer, precisava adaptar ela naquela semana, pois não tinha com quem deixá-la e preciso manter o meu emprego.
 
Neste dia, também, me senti muito culpada por ter que fazer a Maria passar pela adaptação na escolinha dessa forma tão rápida e abrupta, afinal ela está passando por tantas mudanças em tão pouco tempo. Chorei muito depois que ela dormiu me sentindo a pior mãe do mundo por não poder uma adaptação melhor, sei lá... só sei que me senti muito mal... a Maria nessa noite dormiu muito agitada e coloquei ela para dormir na cama comigo, ela acordou chorando algumas vezes, mas logo dormia.
 
Conclusão: a Maria sentindo a separação, mas convivendo bem com os colegas, se alimentando bem e agitada com tantas novidades. Mamãe aqui a beira de um ataque de nervos!!
 
24/01 (quinta-feira) - Para a quinta-feira a combinação com as professoras foi de levar a Maria por volta das 10h30 para que ela almoçasse com a turma e assim quem sabe dormisse bem, e tivesse assim uma tarde melhor.
 
E sabe que funcionou!! Deixei ela na recepção da escolinha no colo da tia Jéssica e ela ficou tri bem, mas quando a Jéssica foi deixar ela na salinha para abrir o portão para mim, a Maria abriu o berreiro!!
 
A Jéssica disse que já ia entrar e ficar com ela até ela se acalmar, o que me deixou mais aliviada. Sai de lá chorando e fiquei parada na calçada da escolinha até não ouvir mais o choro dela, isso durou longos 30 segundos... foi o tempo da tia Jéssica chegar na sala... afff... e eu ali na calçada de óculos escuros chorando, parecia que estava saindo de um enterro.
 
Liguei 999 vezes para escolinha e as notícias era as melhores, tinha almoçado bem, dormiu com os coleguinhas, fez os lanches, participou da rodinha de música e interagiu com os colegas.
 
Na quinta-feira o combinado foi de o papai buscar a Maria e assim foi, em casa ela brincou, jantou e depois do banho dormiu como um anjinho.
 
Conclusão: Maria cada vez melhor e mais mocinha. Mamãe fiasquenta!!!
 
25/01 (sexta-feira) - Para sexta combinamos de deixar a Maria na escolinha assim que ela acordasse, e ela estava tão cansada do dia anterior que dormiu até às 8h30... hehe... Arrumei ela, dei mama e fomos para escolinha no maior papo, ela chegou bem feliz, me deu até tchau, mas quando foi para o colo da professora abriu o choro de novo. Novamente sai da escolinha e fiquei parada na calçada esperando não ouvir mais o choro da minha pequena, mais longos 30 segundos... hehe
 
Liguei mais 999 vezes para a escolinha e ela passou o dia bem, apenas no meio da tarde ficou um pouco febril (37,5º), as professoras deram as gotinhas de anti-térmico e logo passou, ela estava com alguns sintomas de resfriado.
 
A noite em casa, ela estava bem, jantou, brincou, dançou com o Patati Patatá, fez bagunça na banheira e dormiu agarradinha na mamãe aqui... ou seria a mamãe aqui agarradinha na Maria?!... hehe
 
Conclusão da semana: o período de adaptação foi feito para os pais, pq a Maria Clara tirou de letra, chorou pouco, resmungou, mas nada que ela não fizesse conosco em casa ou na casa da avó. Para mim a semana foi horrorosa, me senti culpada o tempo todo e passei o tempo todo pensando nela ou ligando para a escolinha.
 
De qualquer forma o saldo da semana foi Maria Clara caminhando firme e forte, sozinha, igual aos demais coleguinhas e atirando vários beijinhos com a mãozinha (coisa que até então mal fazia).
 
Depois passo aqui para contar como foi a nossa segunda semana de escolinha, mas já adianto que a Maria está ótima e a mamãe aqui um pouco melhor... hehe...
 
Ah... também estamos iniciando uma nova rotina, mais regrada e que tem sido muito bom para nós duas, em breve também venho contar sobre essas mudanças.
 
 
Bjsss, Gisa (a mamãe fiasco)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Desabafo x Festa "balada" X Filho X Mãe X Separação

Como a vida é estranha... Pouco tempo atrás, bem pouco tempo atrás, jamais me imaginaria escrevendo sobre as minhas angústias e aflições como uma mãe solteira (ou separada)... Hoje aqui escrevo como tal e começo até a sentir orgulho mim nessa tal condição que me foi imposta.

Na última semana passei por momentos difícieis com a adaptação da Maria Clara na escolinha (logo escreverei detalhadamente sobre essa fase), claro que foi mais difícil mesmo para mim, ela está tirando de letra. Mas me doí o coração sempre que eu deixo ela para trás, um pedaço de mim fica longe por horas, é como se o meu coração parasse durante este tempo e me faltasse o ar nos pulmões, de tamanha aflição que eu fico por ter este desapego. Porém assim como me adaptei e confie em deixar o meu bem mais precioso com a avó Regina, sei que também me adaptarei e confiarei nas professoras da Escolinha Cia dos Anjos.

Além disso, passei por uma prova de fogo neste final de semana... Pela primeira vez sai sem a Maria depois da separação, fui na festa de formatura de um amigo, que por sinal estava ótima!!! Até esqueci um pouco da rotina maluca que estou vivendo, das fraldas e mamadeiras, e me entreguei a diversão. Nossa! Foi muito bom!!

No entanto... continuo sendo mãe e continuo sendo a única responsável pelo bem estar da minha princesa... éis que esqueço deste pequeno detalhe e chego em casa por volta das 6h da manhã, vou durmir às 6h40 e acordo com uma vozinha... "mamamá"... às 7h20 da manhã... Sim!! Isso mesmo, a minha bonequinha resolveu madrugar e acordar com a corda toda, louca para brincar e gastar a sua energia.

Eu estava na casa da minha mãe, que cuidou dela a noite toda sozinha e claro que não repassaria a minha responsabilidade para a minha mãe novamente, pois sei que ela mal descansou a noite velando o sono da minha filha, enquanto eu Gisele me divertia.

Sendo assim juntei os meus caquinhos de sono e cansaço e fui cantar e dançar Patati Patatá às 7h30 da manhã com a minha bonequinha... Vida de mãe realmente não é fácil... hehe

Mas, como mãe cheia de esperança que sou, imaginei que logo as energias da Maria Clara se esgotariam novamente e poderíamos dormir juntinhas. Fato este que não aconteceu...

Sai da casa da minha mãe e fui para a minha casa, chegando lá mais bagunça, mas com o passar das horas o meu bebê foi ficando enjoadinha, não queria comer, não queria brincar, não tinha parada, só choramingava e eu ali... não me aguentando em pé, com sono, com fome e já de mau humor (por que ninguém é de ferro, nem mesmo nós mães!).

Para ajudar, tentando fazer todas as comidinhas e lanchinhos imaginaveis para a minha pequena se alimentar, com ela pendurada no meu colo (claro!), acabei virando no chão de casa suco, fruta, arroz e até feijão... a minha cozinha mais parecia uma zona de guerra, tamanha bagunça!

Pois bem, mas como uma hora a pilha tinha que acabar... a da Maria, né! Pq a minha já tinha acabado há horas!!!

Por volta das 14h a Maria dormiu longos 40 minutos, tempo este em que limpei a zona de guerra e preparei 4 pasteis para o meu almoço, comi dois e ela acordou.

Bem, a situação estava melhorando... eu ainda não tinha dormido, mas já tinha comido alguma coisa, a Maria estava mais animada e menos chorona, pois tinha dormido um pouco e até mamadeira aceitou de bom grato.

Brincamos e dançamos mais Patati Patatá e depois fomos as compras, eu precisa comprar as coisas para o kit de higiene da escolinha, fomos ao shopping e no mercado, e na volta ainda passamos na pracinha para andar de balanço.

Chegando em casa lá pelas 18h, o papai da Maria estava esperando ela, eles brincaram e ele deu um banho nela, enquanto eu preparava a janta da mocinha e arrumava as coisas para levar para escolinha, lavava roupa, guardava as passadas, etc, etc. Até tentei dormir enquanto eles brincavam, mas a Maricota estava enjoadinha e queria ficar comigo por perto...

Às 21 horas (eu acho, já nem conseguia ver as horas), o papai da Maria foi embora e eu deitei com a Maria... mais meia hora de cantigas de ninar e finalmente o meu anjinho dormiu, e eu pude dormir também!!!

Sabe o que aprendi com isso?!?!?!?!

Ser mãe realmente é padecer no paraiso!!
Que posso sair, mas preciso voltar cedo, pois a Maria precisa de uma mãe 100% no dia seguinte!!
Que sou mãe e não a mulher maravilha!!
Que continuo ficando mau humorada quando estou com fome e sono!!
Que ser mãe é se sentir culpada até por estar com sono e fome!!
E que preciso de mais dois pares de braços... hehehehe

Obs: claro, que se eu fosse casada ainda, essas tarefas seriam divididas e eu não teria cansado tanto e nem chegado a chorar de desespero sem saber o que fazer. Mas como a Maria depende só de mim... Se você mamãe que está lendo isso for casada, não hesite e vá pedir ajuda para o papai.

É isso... para variar um pouco... momento desabafo... hehe... e só me convidem para baladas muito boas, que compensem o tumulto do dia seguinte.... heheheee

Bjsss e uma boa semana!!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

É tempo de... Rever sonhos, metas e objetivos!

Difícil de falar sobre essa fase ruim da minha vida... a sepação... mas ao mesmo tempo, percebo que escrevendo aqui eu tenho mais a ganhar do que a perder: ganho o apoio de vocês, desabafo e ainda posso ajudar outras mamães que estão passando por algo parecido.

Já se foram 3 meses e com esse tempo foram embora também a esperança e algumas crenças, mas por outro lado sobram amigos, apoio, o meu sentimento de garra e principalmente o meu amor pela minha fonte de energia e alegria: Maria Clara.
 
Essa é uma fase cheia de altos e baixos:
 
Altos: momentos de eufória em que eu faço planos maravilhosos e felizes, passeios com a minha pequena, passeios com a família, o acordar pela manhã com o sorriso mais delícioso do mundo e cheio de dentes, a hora do soninho onde a minha princesinha se acomoda gostoso do meu ladinho esperando um cafuné, os nossos cafés da manhã no fim de semana juntinhas na mesa da cozinha dividindo uma torrada, entre outros tantos momentos felizes que compartilhamos juntas.
 
Baixos: todos os dias depois que a Maria Clara dorme, quando cruzamos com famílias completas (pai, mãe e filhos) em nossos passeios, naquele final de semana sem nada programado, quando a Maria resolve do nada chamar o papai e ele não está por perto ou tem outros compromissos, quando estou perto de ficar "naqueles" dias e sinto falta de ter um carinho de namorado, entre outros.

Mas já conversei com algumas amigas e conhecidas que já passaram por situações semelhantes, que enfrentaram estes altos e baixos, e que me disseram que isso acontece com todas... Mas a notícia boa é que todas relataram dias melhores depois dessa turbulência.

Sim!! Pelo que elas dizem... e eu acredito!!... Construirei uma vida totalemente nova com base nos cacos e no que sobrou do que vivi até então, que remodelarei as  minhas metas, objetivos e sonhos, e que serei feliz e muito feliz, com todas as mudanças que vão ocorrer.

Pois é... parece muito otimismo quando só vejo o fundo do poço, né?!

Mas sim, acredito que Deus nunca dá um fardo maior do que podemos carregar e que se estou passando por tudo isso, é por que de alguma forma essa é a minha missão. E se essa é a minha missão eu vou cumpri-lá da melhor forma possível para poder ganhar parabéns e estrelinha do bom Deus que está guiando os meus passos e iluminando o meu novo caminho.

Conclusão?? É tempo de reprogramar os sonhos, objetivos e metas. Em breve espero dividir aqui novas conquistas!!

Um beijo, Gisa

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Festa da Galinha Pintadinha - fotos (parte 1)

 
Bem... falei... falei... falei... do aniversário da Maria Clara com o tema da Galinha Pintadinha em Marrom e Rosa, postei fotos do modelo da decoração, mas fotos do grande dia... nada... hehehe
 
 
Sendo assim para me redimir um pouquinho, segue abaixo algumas fotos da festa linda e cheia de detalhes que organizei para a minha princesinha, e acima de tudo, dentro de um gasto razoável... hehe

 
 
 
Maria Clara com o papai e os dindos

 
Maria Clara com a mamãe e as dindas

 
Maria Clara e os avós

 
Maria Clara e os avós

 
Maria Clara com a mamãe e o papai

 
Decoração das mesas e área externa, com os arranjos feitos pela mamãe

 
Cristaleira de guloseimas, guloseimas feitas pela mamãe e detalhes em biscuit do Ateliê Criando Arte

 
Decoração linda da mesa feita pelo Atêlie Criando Arte
e as galinhas de pelúcia emprestada das amiguinhas... hehe

 
Painel de fotos, abaixo ficou o cantinho do presente.

 
Olhem que lindos os docinhos da Boutique Campanelo!!

 
Detalhe dos cubos feitos pelo Atêlie

 
Cantinho fraldário... idealizado pela mamãe.

 
Lembrancinhas... fotos e livrinho de colorir com giz de cera, elaborados pela mamãe

 
Brinquedos locados pela Cacá Brinquedos - promo do Clubekazum

 
Docinhos da Boutique Campanelo... pena de comer... hehe
 
 
Assim que der, posto mais fotos dos detalhes da decoração para vocês terem muitas ideias!!
 
Se quiserem dicas, deixem um recadinho aí nos comentários, que tenho várias para dar (risos).
 
 
Bjss, Gisa.

Feliz 2013 - Desabafo

Como a vida é estranha, né?!
Até seis meses atrás eu tinha uma família perfeita, faltando apenas um cachorrinho para aquele retrato de família feliz. Tinha um relacionamento sólido e duradouro de 13 anos e uma filha linda e esperta com menos de um ano... A vida que eu pedi para Deus!
Mas iniciou o ano de 2013, e eu ansiosa e cheia de dúvidas, hoje o casamento perfeito já não existe mais, ele era a base da minha vida e agora preciso caminhar com as minhas próprias pernas... parece fácil, eu sei... mas não é.
Claro, que a razão do meu viver hoje é outra, a minha princesinha é, e sempre será, o que tenho de mais importante e maravilhoso. Mas a insegurança de ter um ser tão pequeno e indefeso nas minhas mãos, dependendo de mim... e eu nem mesmo sei como reconstruir a minha vida... está sendo bem complicado e assustador.
De qualquer forma, choradeiras a parte, preciso pensar em um jeito de recomeçar, de ter novos sonhos e objetivos, e sobre tudo, como fazer a minha bonequinha sempre feliz!!
As festas de fim de ano não foram fáceis, assim como os primeiros dias do ano de 2013 também não estão sendo, mas tenho certeza que com fé e com o amor imenso que tenho pela minha filha, as coisas se ajeitaram e 2013 será um ano inesquecível com muitas mudanças e realizações!!
Amém!!!

FELIZ 2013 à todos nós!!!
 
Bjs, Gisa