sábado, 22 de junho de 2013

Os avanços da Maria Clara - 1 ano e 6 meses


Maria Clara, fez 1 ano e 6 meses semana passada e resolvi compartilhar com vocês alguns dos incríveis avanços que temos todos os dias.

- as primeiras palavras: uco (suco), teti (mamadeira), coco (quando a fralda está suja), babu (acabou), cadê, alô, vovó (essas não precisam de tradução), tetê (vovô), auau (cachorro), aiaiaí (dodoí), papa (comida), cocó (os brinquedos da galinha pintadinha ou para assistir o dvd), nenê (bonecas), denti (para escovar os dentes), ati (é a resposta predileta quando pergunto o que ela está fazendo... arte), tau (tchau), papato (sapato), biga (obrigada) e todos os dias surgem novas palavrinhas.

- as primeiras frases:

* mamãe quero este.

* este mamãe.

- as mímicas: dedo no nariz é pedido para colocar sorine... kkkk... E deixa eu colocar bem querida.

- as artes:

* escalar os móveis

* desenhar na geladeira

* colocar a chave na fechadura da porta

- Outras evoluções:

* a Maria já come tudo com a própria mãozinha, e está tentando aprender a comer de colher.

* ela já sabe o caminho de casa, quando entramos no portão do edifício ela vai direitinho até a porta do apartamento.

* sobe degraus e pequenas escadas.

* obedece a pequenos comandos, como: não pode mexer aí / busca o brinquedo / cadê o paninho de limpar o nariz / entre outros.

* rasga um pedaço pequeno de papel higiênico, limpa o nariz e joga na lixeira, sem precisar de comando.

* é preocupada em não ficar de pés descalços e busca sapatos para todos.

* não deixa o Tetê Fernando ficar com o óculos de grau pendurado, tem que estar no rosto, afinal é para usar, né?! Kkk

* passa o batom da vovó Márcia com direito a biquinho.

* ontem pintou as unhas pela primeira vez... kkk

- coisas fofas:

* acorda a mamãe todos os dias com beijinhos babados.

* finge que vai dar beijo na ponta do nariz da mamãe e dá uma lambida.

* dá upa (abraço) quando chega da escolinha.

* assiste à novela, enrolada no edredom, com a mamãe e bem quietinha.

* divide tudo o que come ou bebe com as pessoas ao seu redor, às vezes meio comido, mas divide de bom coração e sem precisar pedir.

* faz carinho no rosto.

* brinca de mamãe e bebê, e pede para eu enrolar o bebê na cobertinha para ele não passar frio.

* adora brincar de ventinho (secador de cabelo) e fumacinha (nebulizador).

* assim como a mamãe, adora dançar e curte um pagodinho... kkk

* ela pega o telefone e conversa como gente grande, com direito a alô, tá, tchau e beijo (este no visor do meu celular, que está uma meleca... kkk).

E tantas outras coisas que nem lembro mais, mas a evolução é tão grande!! Eu não tenho mais um bebê e sim uma mocinha em casa, sapeca, alegre e arteira. Curto demais cada novidade da minha bonequinha!!

 Ah... segue foto de uma das nossas artes:
 

Bjss de uma mãe muito babona, Gisa.

 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

É junho: tempo de comemorar a vida!!


Este é o mês do meu aniversário, mês dos meus dois aniversários!!!

Sim, isso mesmo, no dia 10 eu comemoro os meus 28 anos de vida e 5 anos de renascimento.

Hoje paro, olho para trás e sinto até certa melancolia ao relembrar tudo o que já vivi e as experiências que adquiri.

A 5 anos atrás, no dia 11 de março, começava um dia normal como todos os outros da minha vida: trabalho, faculdade, casa e a novidade da época era marido... kkk... Sim, o Marcilio e eu estávamos morando juntos há 20 dias.

Por volta das 10 horas da manhã a minha vida começou a mudar, a dor de cabeça presente na minha vida há tantos anos, passou a ser insuportável e enlouquecedora. E foi assim que eu conheci o Hospital Regina, que naquele ano tornou-se a minha segunda casa.

É incrível como os profissionais da saúde menosprezam uma dor de cabeça, mas anjos existem e foi neste momento que eles começaram a fazer parte da minha vida.

O Dr. Felipe Cecchini, neurocirurgião, ficou com uma “pulga atrás da orelha” ao me conhecer e não se contentou em simplesmente me medicar e mandar embora. Reservou imediatamente uma sala e fez a primeira de muitas pulsões lombares daquele ano. Resultado: hipertensão craniana (pressão alta no crânio), ou seja, algo realmente estava errado e eu deveria ficar “baixada” para investigar melhor.

A partir daí exames de sangue, tomografias, ressonâncias e exames oftalmológicos passaram a ser rotina na minha vida. Assim como medicações de todos os tipos, vários acessos perdidos (veias) e muita comida sem sal (eca!).

Os primeiros resultados dos exames eram confusos e assustadores, os médicos não esclareciam direito, várias vezes a palavra tumor era adotada, em outras a palavra cirurgia cerebral. O Dr. Google nessas horas também não ajudou muito, sim a explicação era detalhada e perfeita, mas deixava a mim e a minha família mais assustados, e agora quem não estava nada bem era o meu psicológico.

Neste momento um segundo anjo apareceu na minha vida, o Dr. Eduardo Camargo, endocrinologista, finalmente ele explicou o que eu tinha e como isso podia afetar a minha vida. Diagnóstico: Adenoma na Hipófise ou um tumor benigno na hipófise. Hipófise = glândula localizada no interior do cérebro responsável por comandar a produção de hormônios do corpo humano.

Falando em hormônios, vocês fazem ideia de quantos hormônios o nosso corpo produz? Eu não sabia, mas até os nossos ossos tem hormônios, são mais de 50 tipos de hormônios diferentes distribuídos em todas as partes do nosso corpo. E quem comanda tudo isso? A tal da hipófise.

Bem, foi aí que o Dr. Eduardo explicou que a minha hipófise tinha uma massa benigna que media em torno de 3cm e que devido ao inchaço da glândula essa havia sangrado provocando assim o aumento da pressão do crânio e a imensa dor de cabeça que eu sentia. Os riscos eram: repor pelo resto da vida todos os hormônios, pois a glândula poderia parar de trabalhar a qualquer momento, a cirurgia até então necessária devido ao sangramento, a perda de visão devido ao aumento da pressão craniana e os sintomas causados pelo descontrole hormonal (pele seca, perda de cabelo, ganho de peso, sonolência, náusea, etc, etc).

Ufa!! Alguém explicou alguma coisa!!! Sim, era grave, mas as perspectivas eram as melhores e os riscos eram menores do que imaginávamos. De qualquer forma o ano de 2008 passou com muito tratamento, muita morfina, muita dor, muitas internações, mas também muita cumplicidade, amor, carinho e fé.

Lembro como se fosse hoje o Dr. Felipe ligando para me desejar Feliz Aniversário e me dizer que eu não precisava mais da cirurgia. Muitos sentimentos se misturaram naquela hora... Era o dia do meu aniversário, eu estava internada a mais de 30 dias, minha cirurgia marcada para dali a algumas horas, a dor ainda era forte, ainda neste dia precisei de injeção de morfina... mas o sangramento tinha cessado e o inchaço da glândula desaparecido... O tratamento estava fazendo efeito. Viva!!!

E assim os anos se passaram, o tratamento cessou, a reposição de hormônios não foi mais necessária, não perdi a visão, enxergo direitinho (apesar de ter rompido as fibras do nervo ótico do olho direito) e o meu maior medo que era o de não poder engravidar por causa dos hormônios descontrolados, como vocês podem ver foi só medo... kkk

Então por isso que este mês eu comemoro a vida, a vida que a minha mãe me deu e depois a vida que eu reconquistei!

Tenho muito que agradecer as pessoas que estiveram do meu lado naquela época e que estão ao meu lado até hoje, obrigado família e amigos queridos por todo apoio, amor e carinho que vocês sempre me deram. Amo vocês!!


* Impossível esquecer as noites que a minha mãe e o Marcilio passaram deitados naquela poltrona desconfortável. O dia das mães que a mãe passou no hospital para ficar ao meu lado, ou ao romântico dia dos namorados comemorado também no leito do hospital com um xis coração sem sal... kkk

* Ou esquecer o jornal que todas as manhãs o meu pai levava para eu ler, sem falar no book fotográfico que ele produziu no hospital.

* Ou ainda, as ligações diárias da minha irmã só para saber como eu tinha passado a manhã, a tarde, a noite... kkk

* Impossível esquecer a minha querida tia Anilse, que hoje é um anjo que ilumina a minha vida de algum lugar, roncando na poltrona ao meu lado... kkk

* Ou ainda, os risoles e as panquecas com zero sal que a tia Loiva fazia para que eu comesse algo diferente da comida do hospital.

* Minha querida amiga Mara que ainda não sabia, mas que não passamos a noite sozinha no hospital, o Henrique já nos acompanhava.

* Os amigos da Amizade Verdadeira que se fizeram presentes em visitas e também no dia do D, pois eu falava com o Dr. Felipe ao telefone quando chegou um presente da turma com um cartão gigante que ainda guardo com muito carinho.

* E ainda, os amigos e colegas da Embratec que se fizeram presentes também com visitas, mensagens e presentes. Além de nos apoiarem neste momento difícil e me receberem depois de um ano, como se eu nunca tivesse me ausentado.
* E por fim, mas não menos importante, como esquecer toda a equipe de enfermagem e de serviços gerais (copeiras, cozinheiras, faxineiras) do Hospital Regina que me acolheram e acolheram a minha família, fazendo com que os meus dias dentro do hospital fossem mais leves e alegres, apesar da situação.

E foi assim que a minha vida recomeçou, assim que aprendi a me reinventar todos os dias, por isso que sim sofri e às vezes ainda sofro por causa das rasteiras da vida, como a minha separação, mas nada mais me abala. Todo dia é dia de recomeçar, é dia de buscar novos sonhos, é dia de ser feliz, é dia de viver!!

Até pq devo isso as pessoas que me amam e principalmente ao presente que Deus me deu. A minha fofolete que amo tanto e que é a razão da minha vida!

A razão da minha vida:
 

E uma pequena homenagem aos amigos que fiz e aos momentos que vivi, fotos do meu aniversário de 23 anos:
 
 
 
 

Desejo à todos um ótimo mês de junho!!

Bjs, Gisa.