segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Mamãe tá namorando...


Em algum post anterior comentei que a mamãe aqui estava com novidades no coraçãozinho, pois então vamos aos últimos acontecimentos...

Quando o meu relacionamento acabou, depois que passou a fase da revolta e da negação, entrei em uma fase de conflitos internos e pré-conceitos.

Lembro que uma das primeiras ideias tortas que coloquei na cabeça era: não sou solteira, sou mãe! Com o tempo, percebi que eu era uma mãe-solteira e isso tornou os meus conflitos internos ainda mais intensos.

Foi nessa fase que várias dúvidas começaram a surgir, abaixo seguem algumas delas:

- será que agora é a hora de meter a cara e aproveitar tudo que não pude aproveitar por ter começado a namorar com 14 anos?

- a única forma de ser solteira e feliz é curtindo balada?

- vou ficar solteira para sempre?

- se eu for para uma balada, vou conseguir não ficar com peso na consciência por não estar em casa com a minha filha?

- e se eu conhecer alguém? Como vai reagir ao fato de eu ter uma filha bebê?

- será que tenho o direito de namorar agora ou só depois que a minha filha estiver criada?

- e se eu namorar, a minha família vai entender e apoiar? Ou vão me criticar?

- mas qual homem vai entender que a minha prioridade é a minha filha e não ele?

- algum homem em sã consciência toparia namorar na pracinha em meio a fraldas, mamadeiras e brinquedos?

- que família aceitaria que o filho/irmão/primo, etc namorasse uma mulher com filho?

Essas são apenas algumas das milhares de perguntas e dúvidas que me enlouqueciam nesse período, até que em um dia de surto total eu resolvi que teria que arriscar e testar, pois só assim eu saberia o que é bom ou não para mim, e talvez começasse a responder algumas das dúvidas.

A primeira vez que sai a noite e a Maria ficou na casa do pai (relatei aqui no blog, inclusive), a noite foi ótima! Os amigos fizeram de tudo para me animarem, bebi achando que podia esquecer tudo... cheguei em casa com dor de cabeça, chorando de saudade da Maria e acordei de ressaca... risos....

Algumas outras vezes saí e em muitas me diverti, mas em outras me senti deslocada do mundo e aquela maldita ideia vivia me assombrando: não sou solteira, sou mãe!

Conheci pessoas, me diverti, fiz amigos! Mas ainda não tinha me encontrado, a única coisa que eu pensava é que devia ficar em casa cuidando da minha filha ou esperando ela chegar. Sair com alguém do sexo oposto me dava medo e na primeira vez que isso aconteceu eu só pensava: eu não posso ficar interessada, eu sou mãe!! Ninguém vai querer um pacote compre um e leve dois!!

Com  tanto pré-conceito contra a minha própria pessoa, não preciso nem dizer que a muralha era praticamente intransponível... até que um dia...

Até que um dia surgiu uma pessoa que trouxe muita luz para a minha vida!!

Sempre fomos sinceros desde o inicio e deixamos claro os nossos medos com essa relação diferente para ambos, talvez este tenha sido o ponto certo.

Hoje só tenho que agradecer por estar namorando alguém que conquistou o meu coração e o coração da minha filha. Assim como agradecer por termos sido tão bem acolhidas por toda a família dele, parece que sempre fizemos parte desta família.

Tenho que confessar que ainda hoje, me sinto insegura com o fato de não ser apenas solteira e sim uma mãe solteira, talvez este medo sempre exista devido ao que vivi no passado, mas sinto que os sentimentos envolvidos são muito diferentes agora. Talvez eu seja boba em dizer isso, afinal não estamos juntos há tanto tempo, mas o nosso relacionamento é mais maduro.

Como ficou a Maria no meio de tudo isso????

Ela continua a mesma criança feliz e alegre de sempre, com mais bajulações agora, já que a família do Roger (o namorado) a adotou como neta, sobrinha, prima, bisneta...

Está muito acostumada com a rotina, casa da mãe, casa do pai, casa da vó, casa do Roger e tem surpreendido a todos com a maturidade que encarou as mudanças.

Como ficou a mamãe?

Além de boba, apaixonada e amando... muitos risos....

Aprendeu a deixar de lado alguns pré-conceitos e voltou a ser a Gisa, não mais a mulher de alguém ou a mãe da Maria, mas a Gisa!! Aquela que faz o que gosta, por que quer e quando quer, aquela que reencontrou a sua identidade, mesmo estando ao lado de alguém/namorando.

Hoje sou apenas a Gisa! Que é também a mãe da Maria, a namorada do Roger, a filha, a amiga, a estudante, a profissional, a dona de casa e várias outras coisas, mas acima de tudo sou eu e estou muito feliz assim!!

E assim atualizei mais um pouquinho o blog e fico contente, pois sei que de alguma forma os meus relatos ajudam algumas pessoas, já que várias mulheres passaram ou passam, pelos conflitos que relatei.

Tenham uma boa noite!!

Bjos, Gisa

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

E um ano se passou...


Sim! Parece que foi ontem que o meu relacionamento com o Marcilio acabou, mas lá se foram 12 meses.

Nestes 12 meses eu sofri, chorei, achei que ia morrer, cresci, amadureci... Ri muito, comi muito, emagreci muito... Passei a valorizar outras coisas na vida, aprendi a ver as pessoas com menos ingenuidade, me reencontrei na minha individualidade... Dancei, cantei, gritei... Vivi!!!

Nos primeiros meses vivi um momento de choque, de negação total sobre o que estava acontecendo na minha vida. Eu era feliz, eu o amava profundamente e eu estava no melhor momento da minha vida!!

Algum tempo passou e comecei a ter clareza sobre os acontecimentos, pude perceber que nem tudo era como eu imaginava, principalmente que quem estava ao meu lado não estava feliz e não me via mais como mulher. Ainda estava em estado de choque, mas comecei a enxergar a situação.

Aproximadamente meio ano depois percebi que o nosso relacionamento como homem e mulher tinha realmente tudo para dar errado há algum tempo, há alguns anos talvez...

Sim estranho eu dizer isso, né?! Mas percebi que somos melhores amigos, companheiros, parceiros, brothers... Mas a muito não somos mais apaixonados ou nos amamos como casal. Não temos nada em comum. Temos gostos diferentes em tudo. Sonhamos diferente. Por exemplo: nunca sonhamos ou imaginamos envelhecer juntos... Estranho, não?!

Com essa conclusão feita na minha cabeça foi possível aceitar, entender e até concordar com a separação. Assim pude me refazer e seguir a minha vida feliz ao lado da minha princesinha.

Hoje, somos muito amigos e acredito que sempre seremos. Torcemos pela felicidade e sucesso um do outro, mas em comum mesmo temos apenas o amor pela Maria Clara e o desejo de que ela seja a criança mais feliz do mundo!!! E tenho certeza de que para o bem dela a decisão tomada há um ano foi a mais acertada.

Obs: para o próximo post novidades sobre o coraçãozinho dessa mãe já nem mais tão solteira.... Recomeçar é preciso e é muito bom!

Bjos, Gisa

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O desfralde - parte 1


Parece que lá em casa começamos a fase do desfralde e confesso que muito antes do que eu esperava. Minha programação inicial (inicial mesmo, pois pensei quando estava grávida ainda) era desfraldar no verão de 2014, nas férias da mamãe, mas os planos mudaram...

Não me recordo se contei aqui a minha saga com as fraldas descartáveis?! Mas acontece que quando começou a esquentar no ano passado a Maria Clara passou a ter uma alergia horrível as principais fraldas disponíveis no mercado, provavelmente por as fraldas não permitirem uma fácil transpiração. Depois de muito testar fraldas, descobri a fralda Personal Baby que possui um sistema que proporciona uma melhor transpiração e diminuiu consideravelmente a alergia, sem falar que perdi tanto tempo testando fraldas que o outono também já se aproximava.

Há aproximadamente dois meses atrás tivemos alguns dias de muito calor aqui no Sul e com isso a tal alergia voltou a dar as caras, de forma reduzida, mas em uma mocinha muito mais esperta e que rapidinho aprendeu a tirar as calças e fralda. Quando eu menos esperava tinha um bumbum passeando pela casa... risos...

Após alguns episódios dessa rebeldia da dona Maria Clara resolvi lhe apresentar o pinico, que fez sucesso por pouco tempo, pois a moça queria usar o vaso igual a mamãe. Sendo assim apresentei o redutor de vaso para ela e aí sim foi o maior sucesso!!

Ainda não programei o desfralde, pois quero fazer isso com calma e tempo, mas todos os dias antes do banho a minha pequena faz xixi no vaso como mocinha que ela é. Algumas vezes, tanto em casa quanto na rua, me pediu para fazer xixi e ao leva-la no banheiro ela fez direitinho o xixi.

Percebi que com essa novidade de fazer xixi no vaso algumas vezes, ela não tem mais paciência em ficar com a fralda suja e se eu demorar um pouquinho para trocar ela volta à cultura do nudismo, tentando tirar a fralda.

Sendo assim e só esquentar mais um pouquinho que vamos fazer a estreia das calcinhas que a dinda Camila deu com os seus personagens favoritos.

Tomara que isso seja um sinal de que o desfralde da Maria vai ser rápido e traquilo, pois sempre tive medo de como seria esse momento para nós duas e se eu teria amadurecimento para saber a hora certa e assim não traumatiza-la.

Boa sorte para nós mamães nesse processo doido do desfralde!!!

 

Bjos, Gisa

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Momento melancolia...


Hoje acordei com um nó no peito, uma angustia no coração... No decorrer do dia uma saudade inesperada foi aumentando e sem perceber me peguei com lágrimas nos olhos... Pensei e pensei... O que está acontecendo comigo?

 

Até que a "ficha" começou a cair... Sim, estamos em outubro... o mês que desde 2011 só me trouxe notícias tristes, o mês que mais derramei lágrimas por minuto...

 

A saudade... Bem a saudade tem nome ou melhor nomes: Anilse e João

 

Sim, duas pessoas incríveis que ao seu modo deixaram as suas marcas na minha vida e que por uma brincadeira sem graça nos deixaram em 2011 com apenas uma semana de diferença um do outro. Injusto  essas duas pessoas tão especiais para mim não terem conhecido a luz que ilumina a minha vida, a Maria Clara!!

 

A última vez que os vi com vida foi nos chás de fraldas da Maria. O tio João no chá da Unisinos, quando ele levou as tortas para a festinha... o nosso último abraço em frente a biblioteca. A tia Anilse no Samba de Fraldas, o nosso último abraço e foto, foi quando ela me entregou o travesseiro da Mônica para a Maria, que guardo com muito carinho, nem pude me despedir direito...

 

Eles iriam amar demais a minha bonequinha!! A tia Anilse com certeza faria todas as vontades dela, como uma boa vó. Já o tio João ensinaria todas as traquinagens possíveis e inimagináveis, e juntos me deixaria com os cabelos em pé. E acima de tudo amariam e dariam todo o carinho que também deram para mim.

 

Pessoas de riso fácil que alegravam os nossos dias, pessoas companheiras que sempre estavam prontos para ajudar sem pedir nada em troca, duas pessoas abençoadas... talvez por isso Deus os tenha levado... mas infelizmente não nos ensinou a viver sem eles.

 

Tia Anilse, onde você estiver quero que saiba que você foi uma mãe para mim, pois junto com a minha mãe Márcia, me ensinou a ser quem sou. Te amarei pela eternidade!

 

Tio João, você também sempre será aquele tio queridão, que levarei eternamente em meu coração com muito carinho e com o seu jeito brincalhão deve estar neste momento lembrando daquele meu famoso mico em frente ao vídeo-cassete... kkkkkkk

 

#melancolica #saudadeeterna #tristinha