Em algum post anterior comentei
que a mamãe aqui estava com novidades no coraçãozinho, pois então vamos aos
últimos acontecimentos...
Quando o meu relacionamento
acabou, depois que passou a fase da revolta e da negação, entrei em uma fase de
conflitos internos e pré-conceitos.
Lembro que uma das primeiras
ideias tortas que coloquei na cabeça era: não sou solteira, sou mãe! Com o
tempo, percebi que eu era uma mãe-solteira e isso tornou os meus conflitos
internos ainda mais intensos.
Foi nessa fase que várias dúvidas
começaram a surgir, abaixo seguem algumas delas:
- será que agora é a hora de
meter a cara e aproveitar tudo que não pude aproveitar por ter começado a
namorar com 14 anos?
- a única forma de ser solteira e
feliz é curtindo balada?
- vou ficar solteira para sempre?
- se eu for para uma balada, vou
conseguir não ficar com peso na consciência por não estar em casa com a minha
filha?
- e se eu conhecer alguém? Como vai
reagir ao fato de eu ter uma filha bebê?
- será que tenho o direito de
namorar agora ou só depois que a minha filha estiver criada?
- e se eu namorar, a minha
família vai entender e apoiar? Ou vão me criticar?
- mas qual homem vai entender que
a minha prioridade é a minha filha e não ele?
- algum homem em sã consciência toparia
namorar na pracinha em meio a fraldas, mamadeiras e brinquedos?
- que família aceitaria que o
filho/irmão/primo, etc namorasse uma mulher com filho?
Essas são apenas algumas das
milhares de perguntas e dúvidas que me enlouqueciam nesse período, até que em
um dia de surto total eu resolvi que teria que arriscar e testar, pois só assim
eu saberia o que é bom ou não para mim, e talvez começasse a responder algumas
das dúvidas.
A primeira vez que sai a noite e
a Maria ficou na casa do pai (relatei aqui no blog, inclusive), a noite foi
ótima! Os amigos fizeram de tudo para me animarem, bebi achando que podia
esquecer tudo... cheguei em casa com dor de cabeça, chorando de saudade da
Maria e acordei de ressaca... risos....
Algumas outras vezes saí e em
muitas me diverti, mas em outras me senti deslocada do mundo e aquela maldita
ideia vivia me assombrando: não sou solteira, sou mãe!
Conheci pessoas, me diverti, fiz
amigos! Mas ainda não tinha me encontrado, a única coisa que eu pensava é que
devia ficar em casa cuidando da minha filha ou esperando ela chegar. Sair com
alguém do sexo oposto me dava medo e na primeira vez que isso aconteceu eu só
pensava: eu não posso ficar interessada, eu sou mãe!! Ninguém vai querer um
pacote compre um e leve dois!!
Com tanto pré-conceito contra a minha própria
pessoa, não preciso nem dizer que a muralha era praticamente intransponível...
até que um dia...
Até que um dia surgiu uma pessoa
que trouxe muita luz para a minha vida!!
Sempre fomos sinceros desde o inicio
e deixamos claro os nossos medos com essa relação diferente para ambos, talvez
este tenha sido o ponto certo.
Hoje só tenho que agradecer por
estar namorando alguém que conquistou o meu coração e o coração da minha filha.
Assim como agradecer por termos sido tão bem acolhidas por toda a família dele,
parece que sempre fizemos parte desta família.
Tenho que confessar que ainda
hoje, me sinto insegura com o fato de não ser apenas solteira e sim uma mãe
solteira, talvez este medo sempre exista devido ao que vivi no passado, mas sinto
que os sentimentos envolvidos são muito diferentes agora. Talvez eu seja boba
em dizer isso, afinal não estamos juntos há tanto tempo, mas o nosso
relacionamento é mais maduro.
Como ficou a Maria no meio de tudo
isso????
Ela continua a mesma criança
feliz e alegre de sempre, com mais bajulações agora, já que a família do Roger (o
namorado) a adotou como neta, sobrinha, prima, bisneta...
Está muito acostumada com a
rotina, casa da mãe, casa do pai, casa da vó, casa do Roger e tem surpreendido
a todos com a maturidade que encarou as mudanças.
Como ficou a mamãe?
Além de boba, apaixonada e amando...
muitos risos....
Aprendeu a deixar de lado alguns
pré-conceitos e voltou a ser a Gisa, não mais a mulher de alguém ou a mãe da
Maria, mas a Gisa!! Aquela que faz o que gosta, por que quer e quando quer,
aquela que reencontrou a sua identidade, mesmo estando ao lado de alguém/namorando.
Hoje sou apenas a Gisa! Que é
também a mãe da Maria, a namorada do Roger, a filha, a amiga, a estudante, a
profissional, a dona de casa e várias outras coisas, mas acima de tudo sou eu e
estou muito feliz assim!!
E assim atualizei mais um
pouquinho o blog e fico contente, pois sei que de alguma forma os meus relatos
ajudam algumas pessoas, já que várias mulheres passaram ou passam, pelos
conflitos que relatei.
Tenham uma boa noite!!
Bjos, Gisa
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