Não se assustem com o título, não
fiquei louca! Sou uma pessoa completa e realizada por ter a filha que eu tenho,
mas...
Como vocês já sabem, o pai da
Maria e eu estamos separados há algum tempo, inclusive já retomamos as nossas
vidas amorosas e a Maria Clara sempre levou essa situação numa boa. Claro que houveram os
primeiros dias de estranhamento, mas fora isso nunca tive problemas com ela. No entanto
chegou o temido dois anos, a fase “terrorista” da maior parte das crianças e
com isso algumas mudanças no comportamento da minha pequena.
Maria logo após completar dois
anos aperfeiçoou a fala, fixou sua personalidade independente e determinada, ou
digamos autoritária. Essas características refletiram em grande parte do tempo,
só em coisas boas, mas também gerou alguns desconfortos, um deles que atinge diretamente
a mamãe aqui.
Temos a guarda compartilhada da
Maria e ela entende muito bem isso, o dia de ficar com a mamãe ou o dia de
ficar com o papai, obedece direitinho, é carinhosa e amorosa. Porém em algumas ocasiões
no qual ambos estamos presentes, pai e mãe, a Maria se transforma em outra
criança, uma criança desconhecida por ambas às partes e o pior de tudo é que
essa criança não gosta da mamãe!!!
Nessas ocasiões, onde estamos pai e mãe junto com ela, a Maria me empurra e me chama de chata, diz que não me quer, que não gosta da mamãe, me bate e me morde com uma “gana” impressionante.
Nessas ocasiões, onde estamos pai e mãe junto com ela, a Maria me empurra e me chama de chata, diz que não me quer, que não gosta da mamãe, me bate e me morde com uma “gana” impressionante.
Confesso que desconheço essa
criança que ela se transforma e isso me deixa imensamente triste, choro muito
por me sentir rejeitada pela minha filha que tanto amo e que faço tudo e mais
um pouco por ela. Sei que parece forte dizer isso, mas é realmente como me
sinto.
O pai dela e eu procuramos
conviver de forma pacifica e harmoniosa, pensando no bem estar dela, mas parece
que isso de certa forma a incomoda. Fico pensando... Sei que as meninas
costumam nutrir uma paixão pelo pai e consequentemente passam a sentir ciúmes da
mãe, mas nunca pensei que isso pudesse ocorrer com pais separados também,
pensei que talvez isso pudesse refletir no relacionamento com o namorado da mamãe e com a namorada do papai, mas nunca essa fúria pela simples presença dos pais juntos.
Sei que ela não entende direito o que
está fazendo, que é uma forma inconsciente de reagir e que logo ela cresce e
vai perceber que a mamãe não é uma ameaça e sim sua amiga e protetora, mas
explica isso para o meu coração de mãe que fica totalmente despedaçado ao levar
um empurrão e ouvir um “não quero tu mamãe”...
Bem, como se vê, nem tudo são
flores na maternidade, nem mesmo a mãe mais realizada do mundo (eu!), consegue
passar ilesa as transformações dos pequenos. Apesar de tudo e do coração
apertadinho... Te amo mais que tudo minha filha!!!!
Bjos da mamãe tristinha, Gisa.