quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

OS MACHUCADOS


Maria crescendo, se descobrindo e numa ânsia enorme de descobrir o mundo, porém sem perceber os perigos que a rodeiam.

Tenho a sorte de ter em casa uma criança hiperativa, mas muito obediente, sendo assim quando digo não e explico o porquê, ela obedece e não tenta fazer ou repetir. Porém, não tente dizer simplesmente um não para essa baixinha que não a convence, tem que ser tudo muito explicado, minha pequena esponja está em uma fase que aspira conhecimento, sejam eles bons ou ruins.

No entanto, nas ultimas semanas essa energia alheada às descobertas tem provocado algumas lesões nessa mocinha, tenho tentado me convencer que cada marca é uma história na vida do meu bebê e uma realização as suas descobertas, mas não adianta, meu coração sofre... Fica apertadinho... Choro mais que ela... enfim é um desespero!

A primeira lesão ocorreu em decorrência da fase do desfralde que iniciamos no mês de novembro, querendo chegar muito rápido ao banheiro para usar o pinico, minha pequena achou uma parede no caminho e a atropelou com a cabeça. Resultado: um hematoma a baixo do olho direito.

A segunda lesão foi da mesma forma, porém saindo do banheiro depois ter usado o pinico, só que dessa vez a parede da vez foi a do quarto. Resultado: galo no supercilio esquerdo.

Após o desespero da segunda lesão e muito gelo, a mamãe aqui foi explicar para a Maria que as paredes não se movem e por isso quando ela passar correndo por uma, é ela quem tem que desviar e não esperar que a parede saia da frente. Acho que ela entendeu, pois já se passou uma semana sem que nenhuma parede fosse atropelada.

Na ultima segunda o acidente aconteceu na escola, em uma brincadeira com uma colega voltou para casa com um arranhão acima da boca. Fico triste, claro, mas entendo que é normal, coisas de criança.

Já na terça a Maria levou uma mordida memorável, ficou uma marca enorme e horrível no braço! Sei que essa é tal fase oral dos pequenos, que assim como ela foi mordida, daqui a pouco pode ser ela a morder. Tento ensinar que não pode morder que isso não é brincadeira e nunca incentivei brincadeiras em casa como as famosas mordinhas na barriga que nos adultos simulamos, pois acredito que ela pode tentar reproduzir nos colegas acreditando que se trata de um carinho e não perceber que na verdade está machucando.

Acontece que para nós mães ver o filho com uma marca dessas e imaginar a dor que sentiu é de cortar o coração! Não deixei ela perceber a minha tristeza, mas depois que a coloquei no berço chorei me sentindo culpada por não poder estar com ela o tempo todo e poder proteger ela de tudo. Culpando-me assim pela necessidade de trabalhar para poder dar o necessário para ela e não poder me dedicar de forma integral a minha pequena.

Já na quarta foi o desespero final e também uma resposta ao meu sofrimento do dia anterior. Fui deixar a Maria na escola, só que agora ela não quer mais subir pela rampa de acesso, afinal é uma mocinha. Então, como tem sido nos últimos tempos, foi escalar as escadas, só que já no primeiro degrau se desequilibrou, eu ao tentar segurá-la para evitar uma queda errei a mão e arranhei ela acima do olho. Só que não foi um simples arranhão... Foi algo monstruoso!! Cortou a testa da criança, ficou uma marca horrível!! Porém a Maria chorou pouco e logo esqueceu, lembrando apenas se questionada e a resposta é sempre a mesma “aiaia mamãe fez nenê”, ou seja, mamãe fez dodói no nenê.

Resultado: Maria com uma marca muito feia na testa e mamãe chorando estrada a fora. Mesmo hoje ainda me sento a pior mãe do mundo por ter feito isso no meu bebê. Lição: mãe não tem que ter a unha curta, tem que ter a unha muito curta!

Registro do estrago que fiz na minha princesa:

 

 

Minha bonequinha desculpa a mamãe!!!

 

Bjos Gisa