quarta-feira, 7 de maio de 2014

Guarda Compartilhada


Deste que o meu relacionamento com a pai da Maria acabou, optamos por priorizar sempre o nosso bem maior, independente dos nossos atritos, desavenças ou desacordos, sempre as necessidades da Maria seriam colocadas em primeiro lugar.
Como a separação ocorreu antes de a Maria completar um ano, as visitas ocorriam na minha casa ou por passeios curtos. Quando a minha pequena tinha um ano e três meses, introduzimos na vida dela a modalidade de dormir fora de casa, assim ela ficava uma noite e um dia por semana com o pai e ainda assim com algumas visitas durante a semana.
Já quando a Maria completou um ano e oito meses, as minhas aulas na faculdade recomeçaram e após uma longa conversa, chegamos à conclusão que o melhor para a Maria seria ter a guarda compartilhada, convivendo e compartilhando dos seus momentos com ambas as famílias.
Foi neste momento que descobrimos que a guarda compartilhada não é tão divertida quanto parece... Segue abaixo uma lista dos principais problemas que passamos:
 
# saudade
Ao menos da minha parte, é sempre muito grande a saudade. Gostaria de estar o tempo todo com a minha princesa e acho muito injusto isso não ser possível, mas aí procuro no meu mais profundo interior a força necessária para encarar essa situação, afinal é para o bem dela, ela não pode ser prejudicada por uma escolha dos pais.
 
# falta de referência de lar
Com o passar do tempo percebi que quando perguntávamos para ela onde morava ela ficava em silêncio, mas tinha a resposta certa sobre a casa da mãe e a casa do papai. Isso me intrigou bastante, pois acho importante ela saber onde é o lar dela, onde é a sua referência, para onde ela sempre pode retornar.
Sendo assim, após uma conversa com o pai, acordamos que a Maria deveria ter como referência de lar a casa da mamãe e esse passou a ser o nosso discurso. A Maria visita a casa do papai, muitas vezes fica dois, três dias, mas a casinha dela é junto com a mamãe, é nesse local que estão as suas principais coisas e recordações.
 
# disciplina
No inicio, apesar da pouca idade, Maria tentou nos “passar a perna”, se eu dizia que algo não podia, ela no próximo encontro com o papai tentava novamente e muitas vezes conseguia.
Por sorte percebemos essa estratégia da nossa pequena geniosa em pouco tempo e ampliamos a nossa comunicação. Tudo que acontece com a Maria ambos sabem, desde a menor besteira.
Descobrimos que a base fundamental para que a guarda compartilhada dê certo é a comunicação!!
 
# agressividade
Maria passou por uma fase mais agressiva, principalmente comigo, até relatei algo aqui no blog. Parecia que me ferir fisicamente ou até com suas poucas palavras, era uma forma de dizer que a culpa era minha de ela não poder passar mais tempo com o pai ou algo como dizer que não gostava da forma como nós agíamos com ela, pois nunca sabia quem ia buscar na escola ou em que casa ia dormir.
 
# falta de informação
Também passou a ser nítido que a Maria sofria com essa insegurança de não saber ao certo como seria o dia de amanhã e pior ainda, o dia de hoje! Demonstrava isso com a agressividade relatada acima, não conseguia desenvolver brincadeiras e tinha o sono muito agitado.
Meu coração de mãe parecia querer sair do peito de tanta aflição, pois como dar respostas para uma criança tão pequena, mas ao mesmo tempo tão esperta. Como explicar que a sua família é diferente, mas que a ama muito ou o que são dias da semana e que dia ela fica com a mãe ou com o pai…
No auge da minha angustia agendei horário com uma psicologa a fim de nos auxiliar nessa relação familiar diferente da Maria. E lá fomos nós pai e mãe para uma conversa franca e sincera sobre a nossa princesa junto com uma terceira pessoa, a psicologa.
No primeiro encontro a psicologa já fez com que enxergássemos o quanto difícil era a nossa rotina, pois a Maria não tinha dias fixos com um ou com outro. Neste primeiro encontro já saímos com a definição de que era necessário ter dias seguidos com a Maria, criar uma rotina semelhante em ambas as casas, aumentar ainda mais a nossa comunicação (pais) e dar respostas diretas e francas a Maria sempre que solicitado por ela.
Nosso calendário ficou assim:
- Semana 1: segunda, terça, quarta, sábado e domingo com a mamãe e quinta e sexta com o papai.
- Semana 2: terça, quarta, sábado e domingo com o papai e segunda, quinta, sexta e domingo a noite com a mamãe.
Rotina nos dias da semana: chega da escola, brinca, lanche/janta, banho e dorme por volta das 20h.
Para que a Maria entendesse melhor as mudanças, montamos juntas, em forma de brincadeira um mural com os dias da semana, em cada dia colocamos figuras que representassem algumas de suas rotinas diárias e uma figura que representa os dias que ela fica com a mamãe e outra que representa os dias que fica com o papai. Atualizamos esse mural toda semana e quase que diariamente olhamos para o nosso mural e identificamos o dia que estamos o que ocorreu naquele dia e o que irá ocorrer nos próximos dias.
Maria adora a brincadeira e de sobra já está entendendo um pouco sobre os dias da semana e o espaço de tempo necessário para a passagem dos dias.
Na escola, não reclama mais para ir e também não existe mais choro na hora da chegada, muito menos na hora da saída, tem sido sempre receptiva quando vou buscar, o que não ocorria antes.
Quando chega da casa do papai, pega as suas coisas no carro, dá tchau para o papai e entra em casa faceira, uma mocinha independente, doida para encontrar os seus brinquedos, a mamãe e o Odi.
 
# grande comunicação
Sim, agora vocês devem estar se perguntando: como manter uma boa comunicação com quem você não quer ter nenhum contato????
Bem, aí vêm os poderes de supermães e superpais!! É preciso pelo bem do seu filho!!
Não importa o motivo do fim do relacionamento dos pais, o que importa é que exite um bem comum que é a criança e este ser merece tudo de melhor sempre. É preciso que ambos coloquem as amarguras do passado em um lugar escondido e tentem ter um mínimo de convivência e respeito.
Nós, pais da Maria, nos comunicamos quase que diariamente e isso faz com que se saiba tudo que se passa com ela independente do local onde ela esteja. Isso fez com que ela percebesse que não adiantava querer nos testar que a palavra dada por um de nós se manteria na casa do outro.


Eu já fui filha de pais separados… longa história, pois foram separados por 15 anos e namoram há pelo menos uns 3 anos… e sei o quanto é importante a presença do pai na criação e no dia a dia do filho.


Hoje ainda me preocupo em como será mais adiante essa questão da guarda compartilhada… em como isso pode interferir na vida de estudante dela, por exemplo… no seu desenvolvimento com os estudos… ou na sua rebeldia pré adolescente e principalmente a tão temida adolescência…


O importante é viver um dia de cada vez e adequar a rotina sempre que necessário, visando o bem estar da criança.

Bjos Gisa

segunda-feira, 5 de maio de 2014

O desfralde – parte 2


Lembram que escrevi aqui em outubro do ano passado sobre o inicio do processo de desfralde? Até achei que os sinais apresentados naquela época indicavam um processo rápido e tranquilo, mas não foi...

Não forcei nada, pois queria que fosse algo muito natural e no tempo dela, mas chegou dezembro e a Maria ainda não estava segura.

No recesso escolar (23/12 a 05/01) tentei manter ela o mais tempo possível sem fralda, mas os escapes eram maiores que as idas ao banheiro, no meu retorno ao trabalho, à escola da Maria ainda não tinha retornado as atividades e a Maria ficou aos cuidados da prof. Rê na sua casa. Na casa da prof. Rê ela também foi incentivada a ficar sem fraldas, mas sempre colocávamos a fralda na hora de ir embora ou de dormir.

A escola voltou às atividades e mantivemos essa rotina, tirávamos a fralda durante alguns momentos do dia e em outros a fralda permanecia. Maria ainda não se sentia segura, pedia poucas vezes e mesmo tentando a tática do incentivo com adesivos, o processo não evoluía.

Passado um tempo, a Maria foi acometida por uma das famosas viroses e com a diarreia constante, optei por deixa-la de fralda direto durante os dias que ela não estava boazinha e foi assim que o processo ao invés de evoluir se perdeu.

Maria passou a chorar toda vez que tentava colocar a calcinha, até mesmo sobre a fralda, parecia algo traumático para ela e fiquei sem saber o que fazer. Novamente pensei que deixar ao seu tempo seria a melhor decisão, voltamos a usar as fraldas e não falamos mais no assunto e sendo assim de fevereiro até abril as fraldas voltaram a fazer parte do nosso dia a dia.

No entanto, em um dos nossos encontros com a psicóloga que acompanha a Maria (assunto para outro post), relatei sobre essa minha dificuldade com o desfralde e pedi indicações sobre quais as melhores formas de abordar novamente o assunto com a Maria e quando?

A resposta dela foi que tinha que “forçar” o desfralde diurno, pois a Maria já fala praticamente tudo e é muito esperta, e acima de tudo por que há tempos atrás chegou a ficar períodos longos sem fralda. Que a melhor forma seria mesmo utilizar a recompensa como fator de incentivo, mas que este incentivo devia ser de algo que ela goste muito e que deveríamos ser rígidos, pois caso houvesse algum escape o incentivo não poderia ser concedido de forma alguma.

O retorno que tive por um momento me pareceu assustador, pois como ser tão rígida assim, me pareceu incorreto forçar, fiquei me questionando se ela realmente estava preparada e como fazer caso houvesse escape? Fingir que nada aconteceu? Aplicar a cadeira do pensamento? Aí meu Deus! Como é difícil ser mãe!!!!

Na semana seguinte sentei e conversei com ela, expliquei que ela não é mais um bebê (para a mãe aqui vai ser eternamente), que já é uma mocinha e que por isso deve usar calcinha durante o dia e deixar as fraldas apenas para a hora de dormir. Expliquei também que podiam ocorrer alguns acidentes, mas que devia evita-los e que por cada dia que ela ficasse sem nenhum acidente ela iria ganhar um pirulito e balinhas de goma (sua maior alegria e tristeza do dentista).

Hoje fechamos a primeira semana deste desfralde “forçado” e sabe que tem dado bons resultados! Têm dias com acidente, às vezes mais de um acidente outros dias sem nenhum acidente e muitas balinhas.

Minha conclusão... A Maria precisava deste meu posicionamento mais firme, dizer o que era correto fazer, premiar, mas também “punir” quando necessário. Ela de certa forma estava pedindo para a mamãe aqui ser mais dura, eu não percebia isso, achava que deixar por ela era mais ameno e correto.

Inconscientemente me parecia que dessa forma mais leve minha filha iria me amar mais e consequentemente querer estar mais junto de mim, mas essa experiência (entre outras que ainda vou postar) me mostrou que quando se é mãe essa questão de certo ou errado é complicada, e principalmente que pela percepção da criança ser exigente não significa não gostar e sim uma forma de amor, carinho e respeito por ela.

Veremos as cenas dos próximos capítulos... Beijos, Gisa.

Retomando as atividades do blog


Faz muito tempo que não consigo me dedicar a este cantinho que tanto gosto, mas as coisas da por muitas vezes tomam um tempo muito grande e os pequenos momentos que sobram acabo dedicando aos meus amores, afinal eles merecem!!!

De qualquer forma, o mês que é dedicado a nós mães merece uma dedicação especial e alguns posts atualizando as nossas aventuras e desventuras dos últimos meses.

Retomando as atividades do blog... não sei por quanto tempo (risos)...  

Abraços, Gisa.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quem disse que ser mãe é só alegria?


Não se assustem com o título, não fiquei louca! Sou uma pessoa completa e realizada por ter a filha que eu tenho, mas...

Como vocês já sabem, o pai da Maria e eu estamos separados há algum tempo, inclusive já retomamos as nossas vidas amorosas e a Maria Clara sempre levou essa situação numa boa. Claro que houveram os primeiros dias de estranhamento, mas fora isso nunca tive problemas com ela. No entanto chegou o temido dois anos, a fase “terrorista” da maior parte das crianças e com isso algumas mudanças no comportamento da minha pequena.

Maria logo após completar dois anos aperfeiçoou a fala, fixou sua personalidade independente e determinada, ou digamos autoritária. Essas características refletiram em grande parte do tempo, só em coisas boas, mas também gerou alguns desconfortos, um deles que atinge diretamente a mamãe aqui.

Temos a guarda compartilhada da Maria e ela entende muito bem isso, o dia de ficar com a mamãe ou o dia de ficar com o papai, obedece direitinho, é carinhosa e amorosa. Porém em algumas ocasiões no qual ambos estamos presentes, pai e mãe, a Maria se transforma em outra criança, uma criança desconhecida por ambas às partes e o pior de tudo é que essa criança não gosta da mamãe!!!

Nessas ocasiões, onde estamos pai e mãe junto com ela, a Maria me empurra e me chama de chata, diz que não me quer, que não gosta da mamãe, me bate e me morde com uma “gana” impressionante.

Confesso que desconheço essa criança que ela se transforma e isso me deixa imensamente triste, choro muito por me sentir rejeitada pela minha filha que tanto amo e que faço tudo e mais um pouco por ela. Sei que parece forte dizer isso, mas é realmente como me sinto.

O pai dela e eu procuramos conviver de forma pacifica e harmoniosa, pensando no bem estar dela, mas parece que isso de certa forma a incomoda. Fico pensando... Sei que as meninas costumam nutrir uma paixão pelo pai e consequentemente passam a sentir ciúmes da mãe, mas nunca pensei que isso pudesse ocorrer com pais separados também, pensei que talvez isso pudesse refletir no relacionamento com o namorado da mamãe e com a namorada do papai, mas nunca essa fúria pela simples presença dos pais juntos.

Sei que ela não entende direito o que está fazendo, que é uma forma inconsciente de reagir e que logo ela cresce e vai perceber que a mamãe não é uma ameaça e sim sua amiga e protetora, mas explica isso para o meu coração de mãe que fica totalmente despedaçado ao levar um empurrão e ouvir  um “não quero tu mamãe”...

Bem, como se vê, nem tudo são flores na maternidade, nem mesmo a mãe mais realizada do mundo (eu!), consegue passar ilesa as transformações dos pequenos. Apesar de tudo e do coração apertadinho... Te amo mais que tudo minha filha!!!!

Bjos da mamãe tristinha, Gisa.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Organização do Segundo Aniversário – Tema: Tinkerbell


Boa noite, meninas! Hoje vou tirar o dia para colocar em dia o post sobre o segundo aniversário da minha princesinha, que está muito atrasado...

Maria Clara, no auge dos seus dois anos, tem muitos personagens queridos e que poderiam servir de tema para a festa dos seus dois anos, mas resolvi aproveitar a oportunidade de ainda poder escolher e indicar para a minha pequena que uma festa com o tema fadas seria muito legal.

Aprendi muito organizando o primeiro aniversário e este aprendizado me ajudou bastante para o segundo, mas ainda assim cometi alguns erros que vou rever para o terceiro (risos).

Optei por uma festa menor, mas que acabou praticamente na mesma proporção da primeira, principalmente no quesito custos (primeiro ponto a ser revisto!). Para economizar fui atrás de novos fornecedores, mantive outros, mas fiz algumas trocas inteligentes.

Vou citar alguns pontos que foram fundamentais:

1.       Convidados: o foco da lista de convidados foram às crianças, este foi o quesito principal que determinou quem seria convidado. Com essa premissa reduzi 35% da lista de convidados, fator que determinou a redução dos custos principais de uma festa: comida e bebida.

2.       Horário: realizei a festa mais cedo, às 16h e cantei “o parabéns” às 18h (queria que tivesse sido mais cedo, mas esperei a chegada de todos os avos). Também informei no convite horário de inicio e término, não que tenha terminado às 20h como indicado, mas não passou das 22h.

3.       Comida: procurei por meses um fornecedor de salgados com preços mais atrativos e com qualidade, pois acredito que a qualidade da comida servida é fundamental! Encontrei uma pessoa que faz doces e salgados muito gostosos e obtive uma redução de 25% nos custos.

4.       Doces: resolvi criar um item especifico para os doces, pois foi outro ponto que fiz muita economia.

Este ano não servi torta, cantamos parabéns com uma torta fake e servi torta de bolacha feita pela vovó Márcia, em casa também fiz os mousses no copinho e as gelatinas. Outra estratégia legal foi reduzir a variedade dos sabores dos docinhos, encomendei apenas brigadeiro e beijinho.

Quanto aos docinhos decorados, encomendei para decorar mesmo, ou seja, 20 cupcakes, 50 docinhos tradicionais com uma pequena decoração e 20 trufinhas decoradas, foram o suficiente para enfeitar a mesa do bolo e reduzi bastante o custo.

Por fim, saliento que para 90 pessoas, contabilizei 3 docinhos por pessoa + 1 mousse + 0,5 gelatina + 1 torta de bolacha média, foi o suficiente e ainda assim sobrou cerca de meio cento de doces variados.

5.       Cachorro-quente: este também foi um item a parte, pois mudei a estratégia, fiz 150 unidades em casa mesmo. Como a festa era às 16h, logo após o almoço coloquei o recheio em todos os pãezinhos e coloquei em saquinhos fáceis de servir, sobraram mais ou menos 25 pãezinhos recheados.

6.       Bebidas: este foi um item que não teve economia, mas um ajuste nas quantidades. Reduzi a quantidade de refrigerante, mantive a quantidade de suco e aumentei a quantidade de água, mesmo assim faltou água/suco, sendo necessário sair correndo no meio da festa para comprar mais.

7.       Decoração: mantive a decoradora do ano anterior, mas aproveitei uma promoção que essa fez logo no inicio do ano, além de reduzir a quantidade de itens da decoração, com isso a economia em decoração foi de 50%.

8.       Lembrancinhas e personalizados: optei por lembrancinha apenas para ás crianças, comprei caixas de massa de modelar, coloquei em um saquinho transparente e coloquei uma etiqueta com o nome da Maria. Os personalizados fiz apenas dez de cada tipo, considerando que cada pessoa poderia escolher o que mais lhe agradasse e quando acabasse eu não iria me preocupar, foi o que aconteceu e deu tudo certo. Graças a Deus!

9.       Brinquedos: comprei um pacote com cama elástica, piscina de bolinhas, gangorrinha e escorregador. Como sempre o melhor investimento da festa! A criançada adora!!

Dica: verificar se os brinquedos podem ser utilizados por qualquer idade, pois é muito desconfortável ver crianças serem proibidas de brincar, como aconteceu no primeiro ano da Maria, este ano até eu pude pular!

10.   Fotógrafa: considerei contratar uma fotografa desnecessário no primeiro aniversário da Maria Clara, mas depois da festa quando fui ver as fotos, me deparei com muitas fotos da decoração e um pouco mais de meia dúzia de fotos da festa, conclusão: contratei fotografa para o segundo aniversário e não me arrependi, foi um excelente investimento!

11.   Roupa da aniversariante: usei um vestido simples, mas bonito, que a Maria tinha ganho do vovô Géio em outra ocasião e ainda estava com a etiqueta. Após cantarmos “o parabéns” troquei por um shortinho e camisetinha, bem confortáveis. O sapato foi uma sandália da coleção da Greendene – Ivete Sangalo, muito confortável.

Essas foram algumas dicas que achei interessante dividir, espero que possam ajudar.

Abaixo algumas fotos do aniversário e seus detalhes:
 








 
Bjos, Gisa

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

OS MACHUCADOS


Maria crescendo, se descobrindo e numa ânsia enorme de descobrir o mundo, porém sem perceber os perigos que a rodeiam.

Tenho a sorte de ter em casa uma criança hiperativa, mas muito obediente, sendo assim quando digo não e explico o porquê, ela obedece e não tenta fazer ou repetir. Porém, não tente dizer simplesmente um não para essa baixinha que não a convence, tem que ser tudo muito explicado, minha pequena esponja está em uma fase que aspira conhecimento, sejam eles bons ou ruins.

No entanto, nas ultimas semanas essa energia alheada às descobertas tem provocado algumas lesões nessa mocinha, tenho tentado me convencer que cada marca é uma história na vida do meu bebê e uma realização as suas descobertas, mas não adianta, meu coração sofre... Fica apertadinho... Choro mais que ela... enfim é um desespero!

A primeira lesão ocorreu em decorrência da fase do desfralde que iniciamos no mês de novembro, querendo chegar muito rápido ao banheiro para usar o pinico, minha pequena achou uma parede no caminho e a atropelou com a cabeça. Resultado: um hematoma a baixo do olho direito.

A segunda lesão foi da mesma forma, porém saindo do banheiro depois ter usado o pinico, só que dessa vez a parede da vez foi a do quarto. Resultado: galo no supercilio esquerdo.

Após o desespero da segunda lesão e muito gelo, a mamãe aqui foi explicar para a Maria que as paredes não se movem e por isso quando ela passar correndo por uma, é ela quem tem que desviar e não esperar que a parede saia da frente. Acho que ela entendeu, pois já se passou uma semana sem que nenhuma parede fosse atropelada.

Na ultima segunda o acidente aconteceu na escola, em uma brincadeira com uma colega voltou para casa com um arranhão acima da boca. Fico triste, claro, mas entendo que é normal, coisas de criança.

Já na terça a Maria levou uma mordida memorável, ficou uma marca enorme e horrível no braço! Sei que essa é tal fase oral dos pequenos, que assim como ela foi mordida, daqui a pouco pode ser ela a morder. Tento ensinar que não pode morder que isso não é brincadeira e nunca incentivei brincadeiras em casa como as famosas mordinhas na barriga que nos adultos simulamos, pois acredito que ela pode tentar reproduzir nos colegas acreditando que se trata de um carinho e não perceber que na verdade está machucando.

Acontece que para nós mães ver o filho com uma marca dessas e imaginar a dor que sentiu é de cortar o coração! Não deixei ela perceber a minha tristeza, mas depois que a coloquei no berço chorei me sentindo culpada por não poder estar com ela o tempo todo e poder proteger ela de tudo. Culpando-me assim pela necessidade de trabalhar para poder dar o necessário para ela e não poder me dedicar de forma integral a minha pequena.

Já na quarta foi o desespero final e também uma resposta ao meu sofrimento do dia anterior. Fui deixar a Maria na escola, só que agora ela não quer mais subir pela rampa de acesso, afinal é uma mocinha. Então, como tem sido nos últimos tempos, foi escalar as escadas, só que já no primeiro degrau se desequilibrou, eu ao tentar segurá-la para evitar uma queda errei a mão e arranhei ela acima do olho. Só que não foi um simples arranhão... Foi algo monstruoso!! Cortou a testa da criança, ficou uma marca horrível!! Porém a Maria chorou pouco e logo esqueceu, lembrando apenas se questionada e a resposta é sempre a mesma “aiaia mamãe fez nenê”, ou seja, mamãe fez dodói no nenê.

Resultado: Maria com uma marca muito feia na testa e mamãe chorando estrada a fora. Mesmo hoje ainda me sento a pior mãe do mundo por ter feito isso no meu bebê. Lição: mãe não tem que ter a unha curta, tem que ter a unha muito curta!

Registro do estrago que fiz na minha princesa:

 

 

Minha bonequinha desculpa a mamãe!!!

 

Bjos Gisa

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Mamãe tá namorando...


Em algum post anterior comentei que a mamãe aqui estava com novidades no coraçãozinho, pois então vamos aos últimos acontecimentos...

Quando o meu relacionamento acabou, depois que passou a fase da revolta e da negação, entrei em uma fase de conflitos internos e pré-conceitos.

Lembro que uma das primeiras ideias tortas que coloquei na cabeça era: não sou solteira, sou mãe! Com o tempo, percebi que eu era uma mãe-solteira e isso tornou os meus conflitos internos ainda mais intensos.

Foi nessa fase que várias dúvidas começaram a surgir, abaixo seguem algumas delas:

- será que agora é a hora de meter a cara e aproveitar tudo que não pude aproveitar por ter começado a namorar com 14 anos?

- a única forma de ser solteira e feliz é curtindo balada?

- vou ficar solteira para sempre?

- se eu for para uma balada, vou conseguir não ficar com peso na consciência por não estar em casa com a minha filha?

- e se eu conhecer alguém? Como vai reagir ao fato de eu ter uma filha bebê?

- será que tenho o direito de namorar agora ou só depois que a minha filha estiver criada?

- e se eu namorar, a minha família vai entender e apoiar? Ou vão me criticar?

- mas qual homem vai entender que a minha prioridade é a minha filha e não ele?

- algum homem em sã consciência toparia namorar na pracinha em meio a fraldas, mamadeiras e brinquedos?

- que família aceitaria que o filho/irmão/primo, etc namorasse uma mulher com filho?

Essas são apenas algumas das milhares de perguntas e dúvidas que me enlouqueciam nesse período, até que em um dia de surto total eu resolvi que teria que arriscar e testar, pois só assim eu saberia o que é bom ou não para mim, e talvez começasse a responder algumas das dúvidas.

A primeira vez que sai a noite e a Maria ficou na casa do pai (relatei aqui no blog, inclusive), a noite foi ótima! Os amigos fizeram de tudo para me animarem, bebi achando que podia esquecer tudo... cheguei em casa com dor de cabeça, chorando de saudade da Maria e acordei de ressaca... risos....

Algumas outras vezes saí e em muitas me diverti, mas em outras me senti deslocada do mundo e aquela maldita ideia vivia me assombrando: não sou solteira, sou mãe!

Conheci pessoas, me diverti, fiz amigos! Mas ainda não tinha me encontrado, a única coisa que eu pensava é que devia ficar em casa cuidando da minha filha ou esperando ela chegar. Sair com alguém do sexo oposto me dava medo e na primeira vez que isso aconteceu eu só pensava: eu não posso ficar interessada, eu sou mãe!! Ninguém vai querer um pacote compre um e leve dois!!

Com  tanto pré-conceito contra a minha própria pessoa, não preciso nem dizer que a muralha era praticamente intransponível... até que um dia...

Até que um dia surgiu uma pessoa que trouxe muita luz para a minha vida!!

Sempre fomos sinceros desde o inicio e deixamos claro os nossos medos com essa relação diferente para ambos, talvez este tenha sido o ponto certo.

Hoje só tenho que agradecer por estar namorando alguém que conquistou o meu coração e o coração da minha filha. Assim como agradecer por termos sido tão bem acolhidas por toda a família dele, parece que sempre fizemos parte desta família.

Tenho que confessar que ainda hoje, me sinto insegura com o fato de não ser apenas solteira e sim uma mãe solteira, talvez este medo sempre exista devido ao que vivi no passado, mas sinto que os sentimentos envolvidos são muito diferentes agora. Talvez eu seja boba em dizer isso, afinal não estamos juntos há tanto tempo, mas o nosso relacionamento é mais maduro.

Como ficou a Maria no meio de tudo isso????

Ela continua a mesma criança feliz e alegre de sempre, com mais bajulações agora, já que a família do Roger (o namorado) a adotou como neta, sobrinha, prima, bisneta...

Está muito acostumada com a rotina, casa da mãe, casa do pai, casa da vó, casa do Roger e tem surpreendido a todos com a maturidade que encarou as mudanças.

Como ficou a mamãe?

Além de boba, apaixonada e amando... muitos risos....

Aprendeu a deixar de lado alguns pré-conceitos e voltou a ser a Gisa, não mais a mulher de alguém ou a mãe da Maria, mas a Gisa!! Aquela que faz o que gosta, por que quer e quando quer, aquela que reencontrou a sua identidade, mesmo estando ao lado de alguém/namorando.

Hoje sou apenas a Gisa! Que é também a mãe da Maria, a namorada do Roger, a filha, a amiga, a estudante, a profissional, a dona de casa e várias outras coisas, mas acima de tudo sou eu e estou muito feliz assim!!

E assim atualizei mais um pouquinho o blog e fico contente, pois sei que de alguma forma os meus relatos ajudam algumas pessoas, já que várias mulheres passaram ou passam, pelos conflitos que relatei.

Tenham uma boa noite!!

Bjos, Gisa