quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quem disse que ser mãe é só alegria?


Não se assustem com o título, não fiquei louca! Sou uma pessoa completa e realizada por ter a filha que eu tenho, mas...

Como vocês já sabem, o pai da Maria e eu estamos separados há algum tempo, inclusive já retomamos as nossas vidas amorosas e a Maria Clara sempre levou essa situação numa boa. Claro que houveram os primeiros dias de estranhamento, mas fora isso nunca tive problemas com ela. No entanto chegou o temido dois anos, a fase “terrorista” da maior parte das crianças e com isso algumas mudanças no comportamento da minha pequena.

Maria logo após completar dois anos aperfeiçoou a fala, fixou sua personalidade independente e determinada, ou digamos autoritária. Essas características refletiram em grande parte do tempo, só em coisas boas, mas também gerou alguns desconfortos, um deles que atinge diretamente a mamãe aqui.

Temos a guarda compartilhada da Maria e ela entende muito bem isso, o dia de ficar com a mamãe ou o dia de ficar com o papai, obedece direitinho, é carinhosa e amorosa. Porém em algumas ocasiões no qual ambos estamos presentes, pai e mãe, a Maria se transforma em outra criança, uma criança desconhecida por ambas às partes e o pior de tudo é que essa criança não gosta da mamãe!!!

Nessas ocasiões, onde estamos pai e mãe junto com ela, a Maria me empurra e me chama de chata, diz que não me quer, que não gosta da mamãe, me bate e me morde com uma “gana” impressionante.

Confesso que desconheço essa criança que ela se transforma e isso me deixa imensamente triste, choro muito por me sentir rejeitada pela minha filha que tanto amo e que faço tudo e mais um pouco por ela. Sei que parece forte dizer isso, mas é realmente como me sinto.

O pai dela e eu procuramos conviver de forma pacifica e harmoniosa, pensando no bem estar dela, mas parece que isso de certa forma a incomoda. Fico pensando... Sei que as meninas costumam nutrir uma paixão pelo pai e consequentemente passam a sentir ciúmes da mãe, mas nunca pensei que isso pudesse ocorrer com pais separados também, pensei que talvez isso pudesse refletir no relacionamento com o namorado da mamãe e com a namorada do papai, mas nunca essa fúria pela simples presença dos pais juntos.

Sei que ela não entende direito o que está fazendo, que é uma forma inconsciente de reagir e que logo ela cresce e vai perceber que a mamãe não é uma ameaça e sim sua amiga e protetora, mas explica isso para o meu coração de mãe que fica totalmente despedaçado ao levar um empurrão e ouvir  um “não quero tu mamãe”...

Bem, como se vê, nem tudo são flores na maternidade, nem mesmo a mãe mais realizada do mundo (eu!), consegue passar ilesa as transformações dos pequenos. Apesar de tudo e do coração apertadinho... Te amo mais que tudo minha filha!!!!

Bjos da mamãe tristinha, Gisa.

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