quinta-feira, 3 de maio de 2012

Maternidade X Trabalho: A BABÁ


Optar pela contratação de uma babá para ficar com o bebê, na minha opnião, nos dias de hoje é a decisão mais arriscada.
Claro que existem as suas exceções, como quando a babá já trabalha com a família ou é muito próxima dessa, mas ainda assim vemos tanta notícia cruel nos tele-jornais que tenho muito medo de contratar uma pessoa para trabalhar na minha casa.
Essa pessoa vai ficar o dia todo sozinha na minha casa com o meu bebê, ela pode fazer o que quiser que ninguém vai ver e provavelmente vamos custar a perceber se algo ter errado.
E não achem que é preconceito meu, pois não é mesmo!! A minha mãe atua como babá e é uma excelente profissional!! Tanto é que eu mesma não consigo cobrir o salário que ela ganha... hehehe... mas se eu já tenho dificuldade em confiar nas pessoas da família, imagina em alguém que não conheço.
Para aquelas sortudas que encontraram a babá perfeita ou já tinham alguém trabalhando com você, segue abaixo algumas dicas para que tudo dê certo na convivência babá, mamãe e bebê.

A terapeura Roberta Palermo em entrevista ao site Terra falou o seguinte:
- A melhor maneira de escolher uma babá é através de indicação de amigos ou familiares. Isso não garante que vá dá certo, mas ao menos faz com que a mãe confie na babá.
- Para ter mais chance de dar certo, além da babá inspirar confiança para a mãe é necessário que ela siga sempre as regras da mãe e não minta.
- A mãe não pode delegar tudo para a babá, ela precisa participar da vida do filho. Ou seja, a babá assume quando a mãe não está. "Quando a mãe está em casa ela deve dar comida para a criança, dar banho. Enquanto isso a babá arruma os brinquedos, por exemplo. Uma vez uma mãe reclamou para mim que quando ia buscar a filha na escola a menina corria para a babá. Isso acontece porque só a babá cuida da criança e a criança corre até ela porque procura a pessoa que está sempre com ela, cuidando dela. As mães precisam aprender a balancear a divisão de tarefas."
- Babá é uma profissão diferente de empregada doméstica. "Algumas mães acham que porque pagam a babá elas têm que fazer tudo para o bebê, dar banho, dar comida, etc e assim não devem fazer nada. A babá trabalha para ajudar a mãe em tarefas que são dela. Dar banho, por exemplo é tarefa da mãe e não da babá, a babá existe para ajudar a mãe nessa tarefas, fazer quando a mãe não está."

Já a Revista Crescer publicou na edição 132 de 2004 uma orientação muito interessente:
'O ideal é que a babá possa acompanhar pelo menos o final da gravidez, conhecer a casa e os costumes e, principalmente, se adaptar à mãe antes de começar a cuidar do bebê', diz Aline Borges Becker, pedagoga e proprietária do Instituto de Babás e Atendentes de Idosos (Ibai), em Florianópolis, Santa Catarina. Se isso não for possível, a mãe deve se organizar para poder estar presente pelo menos por duas semanas antes de deixar a babá sozinha com os seus filhos. Nesse período, a profissional terá a oportunidade de observar, aprender e entender o jeito daquela família. E a mãe também terá a chance de observar, explicar, orientar, corrigir e determinar as ações necessárias para quando estiver ausente.

Outra dica muito importante relatada pela reportagem é que:
- Seja clara e objetiva ao dar as orientações, sem misturar assuntos diferentes. Se julgar necessário, deixe tudo por escrito, separado por itens: mães e babás garantem que ajuda.
- Quanto à alimentação, você deve especificar detalhadamente o preparo do leite, mingau, das frutas e de qualquer alimento, incluindo medidas que devem ser usadas e temperaturas recomendadas. Lembrar que a criança deve ser orientada até o fim da refeição e ressaltar os costumes da família à mesa.
- Determinar a hora do banho e o uso (ou não) de produtos como hastes flexíveis, talcos e pomadas. No caso de recém-nascidos, detalhar os cuidados com o umbigo.
- Falar sobre os seus hábitos e ficar atenta às crendices, como enfaixar, colocar moedas sobre o umbigo ou tesoura embaixo do travesseiro.
- Deixar por escrito orientações sobre o que fazer em caso de queda, febre ou qualquer outra emergência. Isso deve ficar anotado com números de contato dos pais e, se possível, de outros parentes próximos e do pediatra.
- Quando a criança estiver tomando remédio, deixar tudo bem anotado. Separar aqueles que estão sendo usados e escrever os horários e medidas nas próprias caixas pode facilitar.
- Dizer claramente o que a babá deve fazer em caso de birra e agressões da criança. Esclarecer também quais são as medidas tomadas pelos pais quando estão em casa, como deixar a televisão ligada ou não. A coerência e a continuidade na educação são fundamentais.

E fala ainda sobre os cuidados que temos que ter com a profissional, tais como:
- Ficar atenta à escala de folgas, pois, como qualquer profissional, se a babá estiver muito cansada o seu rendimento cai.
- Lembrar que não é porque você está fazendo regime que a babá também tem de fazer. Ela tem um trabalho que exige esforço físico e emocional, e precisa se alimentar bem. Portanto, providencie a alimentação adequada para ela e considere os horários de refeição ao planejar a rotina do bebê.
- Não confundir: babá não é empregada doméstica. Se ficar sobrecarregada com afazeres da casa, vai deixar de cuidar bem da criança.
- Investir na formação, se houver oportunidade. Institutos e escolas preparatórias para babás se multiplicam pelo país, e pode ser interessante pagar um curso. Afinal, informação nunca é demais.

Acredito que com essas orientações e com um profissional de confiança a convivencia e a satisfação pode ser a melhor possível, mas ainda não foi essa a minha opção.
A minha escolha foi dividir os cuidados da minha princesinha com a vovó, minha sogra e sobre a minha escolha e os cuidados que estou tomando relato no próximo post.

Bjsss, Gisa

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